"She's Out My Life"
“She’s Out Of My Life”
No
primeiro dia que a mãe do acusador passou pelos fotógrafos, ela cobriu o rosto
com um capô. Quando a mulher entrou no tribunal, Katherine Jackson estava
sozinha na primeira fila, encarando Janet “Jackson” Arvizo, sem Joe, sem Tito
ou Jermaine e sem Randy ou Jackie, todos os quais tinham estado regularmente no
tribunal durante o procedimento. A mãe de Michael parecia chateada, infeliz ao
ver Janet e ela fechou os olhos dela por cerca de trinta segundos, enquanto a
encapuzada mulher fazia o caminho dela para frente do recinto.
Enquanto
Janet, devagar, fazia o caminho até o banco de testemunhas, a mulher de trinta
e seis anos, não se parecia nada com a versão de Janet Arvizo, a mulher no
filme de refutação. O filme de refutação, mostrando Janet e os três filhos dela
louvando Michael Jackson por ajudar na cura do câncer de Gavin nunca foi
televisionado. Mas a gravação foi mostrada ao júri tantas vezes, que, no
momento de Janet testemunhar de verdade, os observadores no tribunal sentiram
que eles já a conheciam.
Os
fãs de Jackson tinham o vídeo de refutação memorizado e as pessoas tinham
repetido de forma engraçada as linhas chaves da entrevista, na qual Janet
alegava que ela foi negligenciada e “jogada fora”. No vídeo refutação, Janet
Arvizo não poderia ter sido mais melodramática. Ela tinha todo o tipo de
histórias tristes para relatar, insistindo que antes que Michael tivesse
interesse na família dela, ela estava à beira da pobreza, forçada alimentar os
filhos dela com cereal no jantar, sempre sem ter um lugar seguro para viver.
Durante a entrevista no vídeo refutação, Janet fez estranhas declarações. Ela
alegou que ela e os filhos dela tinham sido forçados a dormir em um estábulo.
Ela alegou que o ex-marido dela fingindo ser um pai maravilhoso.
Na
gravação, Janet gastou uma boa parte do tempo falando mal do ex-marido dela,
David, o pai biológico dos três filhos dela. Mas ela gastou mais tempo ainda,
elogiando Michael Jackson, por ser a pessoa que tinha vindo salvá-la, chamando
Michael de enviado de Deus, uma boa pessoa um homem de “família”.
O
vídeo refutação tinha criado certa expectativa e impressão para o júri que
Janet não tinha realmente correspondeu. Na fita, ela parecia uma jovem mulher
glamorosa, com cabelos longos e encaracolados, lábios pintados com gloss vermelho e uma figura curvilínea.
Mas a pessoa que ela tinha sido no passado, a pessoa que Janet era quando ela
estava perto de Michael Jackson, não era nada mais que uma memória de um vídeo.
A
presença de Janet no tribunal era desajeitada e desconcertante. Ela não apenas
parecia desbotada, mas toda a personalidade dela ter mudado. Não havia mais a
garota glamorosa, Janet Arvizo era um enigma. No banco de testemunha, ela
algumas vezes parecia uma criança e agiria de forma infantil.
Enquanto
ela falava, ela parecia mudar, projetando diferentes imagens e diferentes
pessoas. Houve momentos em que a mulher de trinta e seis anos pareceu uma
deselegante dona de casa, apresentando-se como uma mãe super preocupada, que
estava muito cansada para cuidar da aparência dela. Em qualquer outro caso,
essa tática poderia ter funcionado, poderia ter ganhado alguma simpatia para
ela, mas Janet sabia que ela estava sob holofotes.
Certamente
ela não usaria um terno formal, sabendo que a mídia mundial estava toda
interessada em vê-la, que pessoas de toda parte da terra estavam lá para
relatar qualquer detalhe sobre a aparência dela no tribunal. Quando Janet se
encolheu na cadeira de testemunhas, uma sala cheia de membros da media estava
tomando notas copiosas.
Todo
mundo no tribunal estava chocado em ver como o físico de Janet tinha mudado em
dois anos e as pessoas ficaram impressionadas com isso, fofocando sobre o fato
de ela ter ganhado muito peso, tivesse escolhido não usar roupas de estilistas
tivesse esquecido os segredos de beleza dela, completamente, usando nenhuma
maquiagem. O cabelo de Janet estava mais curto, a face dela estava mais cheia e
ela se vestia como uma garotinha, usando um suéter rosa e usando grampos com
estrelas brilhantes baratas.
Quanto
à personalidade dela, Janet estava mais que confusa, nem de longe a mulher
segura que apareceu no vídeo. Diante de júri, raramente ela fazia sentido e
raramente ela respondia a perguntas diretas ou razoavelmente. Muitas vezes,
Janet pareceria chorar diante do júri. As lágrimas dela, porém, não apreciam
reais.
Quando
ela começou a testemunhar, Janet estava soluçando, pedindo ao júri para não
julgá-la. Ela era inapropriada e as pessoas viram que Janet estava fazendo
alguns dos jurados se sentirem desconfortáveis. Ela era uma pessoa estranha que
fazia escolhas estranhas. Durante o testemunho dela, Janet escolheu não olhar
para Michael Jackson, e decidiu não olhar para Ron Zonen, o promotor que fez o
questionamento dela.
As
pessoas consideraram bizarro que Janet se negasse a olhar para qualquer outro
lugar, que ela desejasse desabafar e testemunhar inteiramente para os membros
do júri. De alguma forma estranha, parecia que Janet pensava que ela poderia
vencer o caso suplicando diretamente aos jurados, mas o sistema no tribunal não
funcionava desse jeito. Para tornar as coisas piores, Janet muitas vezes
ficaria irada e a mulher apontaria o dedo dela e estalava o dedo para o júri.
Francos membros do júri diriam mais tarde, que eles consideraram o
comportamento de Janet ofensivo e bizarro.
Janet
Arvizo fazia as pessoas sentirem medo.
A
mãe do acusador testemunhou durante três dias seguidos, sempre se cobrindo com
um capuz de suéter, enquanto ela fazia o caminho dela até o tribunal. Todo dia,
ela era escoltada através de uma multidão de repórteres que nunca conseguiam
pegar uma fotografia clara dela. Porque Janet tinha se casado de novo, com um
homem chamado Jay Jackson, ela exigiu ser reconhecida como “Janet Jackson”, mas
o juiz Melville se recusou a permitir aquilo. O juiz disse que aquilo seria
muito confuso e para o propósito do julgamento, Janet seria reconhecida como
Janet Ventura Arvizo.
Antes
de ela entrar no tribunal, o time de defesa argumentou contra a reclamação de
Janet pelo direito garantido pela Quinta Emenda, de não testemunhar sobre a
fraude contra o sistema assistencial, dizendo ao tribunal que Jane Arvizo não
deveria ter o direito ter o direito de escolher sobre o que ela iria
testemunhar. A defesa apontou que Janet tinha feito uma aplicação de
assistência emergencial, tinha se inscrito para receber benefícios, cupons de
alimentação, habitação, invalidez, desemprego, tudo; quando ela tinha uma conta
bancária pessoal com milhares e milhares de dólares disponíveis para ela.
Mas
o direito de Janet à Quinta Emenda foi confirmado e no tribunal da Califórnia
ela não tinha que declarar a alegação dela contra se autoincriminar em frente
de um júri. É claro, Sneddon, esperava que o júri não escutaria nenhum detalhe
sobre a alegada fraude de Janet contra a assistência. O promotor esperava que
não fosse mencionado que Janet Arvizo tinha reclamado a Quinta Emenda em
relação a se inscrever fraudulentamente para receber benefícios.
Para
ser justo com os dois lados, o juiz Melville decidiu que ele informaria ao júri sobre a decisão de Janet reclamar os
privilégios garantidos pela Quinta Emenda a ela e, além disso, Melville decidiu
que ele permitiria ao time de defesa apresentar evidencias sobre a alegada
fraude que Janet cometeu contra o programa assistencial, durante o caso
principal deles. O time de defesa, mais tarde, chamaria um contador público,
assim como um especialista em fraudes contra o programa assistencial, no
intuito de provar que Janet Arvizo estava usando todas as possíveis fontes
governamentais para receber dinheiro que ela não tinha direito.
Enquanto
Janet estava sob juramento, o juiz Melville informou ao júri que a senhora
Arvizo tinha reclamado a Quinta Emenda em relação à alegada fraude contra os
benefícios governamentais e perjúrio. Antes mesmo que Janet abrisse a boca dela
no tribunal, a mãe de Gavin Arvizo tinha se tornado uma figura ruim.
Havia
mais que uma insinuação de desdém.
Porque
o promotor de Santa Bárbara não tinha garantido imunidade a Janet de ser
processada pela questão da fraude contra os benefícios governamentais um ano e
meio depois do julgamento de Jackson acabar, em novembro de 2006, Janet Arvizo
confessou ser culpada por fraude contra os contribuintes da América, por
fraudulentamente pedir por benefícios. Aparentemente, a fraude contra os
benefícios era algo pelo que Janet Arvizo nunca pensou que ela seria acusada.
Aparentemente ela estava muito focada no julgamento criminal contra Michael Jackson,
o que seria seguido por um julgamento civil em favor dela. Janet Arvizo parecia
estar cega pelos milhões de dólares. Ela aprecia pouco se preocupar sobre expor
a vida privada dela. Qualquer coisa desagradável que poderia ser revelado foi,
talvez, ofuscada pelo propósito de ser tornar muita rica.
Janet
Arvizo concordou em testemunhar sem imunidade e Ron Zonen foi rápido em tentar
estabelecer para o júri, que a senhora Arvizo era uma mulher temente a Deus,
uma mulher que tina uma vida difícil, que tinha sofrido com doenças e pobreza,
que tinha atravessados muitos maus momentos. Zonen queria ganhar tanta simpatia
para ela quanto possível e ele pediu a Janet para fornecer detalhes sobre ter
sido a mãe de quatro filhos, sobre ter parido recentemente um bebê de oito
meses com o novo marido dela. Ele, então, pediu a Janet para contar ao júri
sobre o sério câncer de Gavin e a experiência de quase morte, que tinha levado
a família Arvizo à casa de Michael Jackson.
Não
estranho em casos de alto perfil, o promotor delegado distrital de Santa
Bárbara, Ron Zonen, era o mais forte dos três membros do time da promotoria.
Ele era bem preparado e dirigido; e nunca exibia raiva como Tom Sneddon, nunca
perdia o controle. Ron Zonen era forte, tão inteligente como eles se mostraram;
e ele tinha ainda a vantagem de ser humilde, diferentemente de Gordon
Auchincloss, que se mostrou arrogante e presunçoso. Dos três, Zonen era o de
caráter mais agradável. Ele tinha presença. Ele tinha inteligência. Quando
Zonen falava, as pessoas escutavam.
Mas
ter Janet “Jackson” Arvizo nas mãos dele, deixou Zonen com um caminho bem
difícil de percorrer. Janet Arvizo era a cabeça da acusação de conspiração que
a promotoria fez contra Jackson. A promotoria estava colocando Janet no banco
de testemunhas com o objetivo de provar que Jackson e os associados dele tinham
conspirado para prender Janet e os filhos dela em Neverland contra a vontade deles. No final, Janet testemunhou que a família
dela foi coagida e tinha sido presa em Neverland nas semanas seguintes a viagem
deles a Miami, até que eles
concordaram em gravar um vídeo refutação em resposta ao documentário de Martin
Bashir.
Janet
disso ao júri que o “cativeiro” dela começou quando ela recebeu uma ligação de
Michael, que pediu que a família se juntasse a ele em Miami para participar de uma conferência de imprensa em resposta à
obra de Bashir. De acordo com Janet, foi Michael, pessoalmente, quem ligou para
relatar que ela e a família dela poderiam estar em “perigo”. Janet alegou que
Michael foi quem quis que os Arvizos se juntassem a ele em Miami, assim, eles poderiam ser protegidos contra alegadas “ameaças
de morte”.
Janet
disse ao júri que quando ela chegou a Miami, em 18 de fevereiro de 2003,
Michael Jackson tinha decidido que a conferencia de imprensa não era
necessária. Janet alegou que Jackson e o “pessoal” dele tinham mantido os olhos
nela, se recusando a permitir que ela assistisse à transmissão do documentário
de Bashir, o qual foi ao ar na rede ABC, durante o mesmo período de tempo.
Quando
Janet entrou nos detalhes em relação à viagem dela para ver Jackson em Miami, ela disse que no início de 2003,
ela e os filhos dela voaram pelo país com a estrela de cinema, Chris Tucker, em
um jato particular. Eles foram para o resort
Turnberry no norte de Miami, onde ela
teria ficado no próprio quarto com os filhos dela, depois, encontraram Michael
Jackson na suíte presidencial dele. Janet disse ao júri que os filhos dela
forma tratados com massagem no SPA em
Turnberry, mas ela reclamou de que a
maior parte do tempo deles foi gasto com Michael, trancados na enorme suíte de
hotel dele.
Enquanto
estavam em Miami, Janet alegou, ela
não teve realmente a chance de aproveitar as instalações do pretensioso hotel.
Ela gastou os dias dela com Michael, Prince e Paris, que estavam acompanhados
por Frank Cascio e a irmã mais nova dele, Marie Nicole, e o irmão mais novo,
Aldo, a quem Jackson chamava de “Baby
Rubba”.
Janet
tinha múltiplas reclamações sobre a estadia dela com Michael no Turnberry Resort, o que ela sentiu ser
como uma viagem de negócios. Janet indicou que os filhos dela estavam felizes
por ser convidados de Michael por algumas noites, mas de uma forma indireta,
ela estava reclamando ao júri que ela e os filhos dela não passaram nenhum
tempo fora do quarto, porque havia um intenso interesse da mídia.
Mais
tarde, uma exibição foi introduzida no tribunal, mostrando as chamadas
telefônicas que Jackson tinha recebido em 6 de fevereiro de 2003, o dia
seguinte à transmissão do documentário de Bashir, Living With Michael Jackson.
Incluindo uma enorme quantidade de mensagens vinda do Extra! E do Enterteniment Tonight, da CBS Early
Show e do Good Morning America, Sky News London, assim como as ligações pessoais de Larry King e
Barbara Walters. A lista era imensa.
Para
o júri, Janet confirmou que ela tinha sido sobrecarregada com os pedidos da
mídia, mas insistiu que ela não estava interessada em pegar dinheiro de
tabloides, alegando que ela teve “zero” conversa com os repórteres, que o
contato dela com a mídia foi “duas vezes zero”. Janet testemunhou que ela
concordou em voar para Miami
encontrar com Michael e o “pessoal” dele, enquanto eles estavam pensando sobre
o que fazer sobre o pesadelo de relações públicas criado pelo documentário de
Bashir. Ela afirmou que os associados de Michael tinham escrito uma resposta
para ela dar à mídia. Durante o testemunho dela, Janet disse que todas as
declarações dela no vídeo refutação não foram verdadeiras, foram inventadas.
Mas
isso não convenceu ao júri.
“Agora,
senhora Arvizo, você disse que você e os seus filhos foram negligenciados e
cuspidos, correto?” Mesereau perguntou.
“Sim.”
Ela respondeu.
“E
a quem você está se referindo?”
“Eles
pegaram elementos da minha vida e da vida dos meus filhos, que eram verídicos,
e eles incorporaram isso ao script
deles. E isso aconteceu na reunião inicial em Miami. Eles estavam já prontos para trabalhar com isso. Eu levei um
tempo para descobrir.”
“Quem
negligenciou sua família?” Mesereau perguntou.
“Neste script, tudo foi escrito” Janet disse a
ele.
“Quando
você diz que sua família foi cuspida, a quem você está se referindo?"
“Na
coisa de refutação, tudo é roteirizado. Eles pegaram elementos sobre mim e os
meus filhos que eram verdadeiros e incorporaram-no aqui.”
“Quando
você diz, ‘nós estávamos no código postal direto e não havia a raça certa, a
que você está se referindo?”
“Isto
é tudo roteirizado”, Janet insistiu.
Enquanto
o testemunho dela continuava, Janet fez afirmações que se tornaram difícil de
engolir, simplesmente impossível de acreditar. Uma das coisas foi que ela jurou
nunca ter visto o documentário de Bashir inteiramente, jamais. Ela disse que na
época em que o documentário de Bashir foi gravado em Neverland, ela não tinha
sido informada que os filhos dela estavam gravando alguma coisa que seria
transmitida na TV.
Janet
disse ao júri que ela soube que Gavin e os irmãos dele tinham filmado “alguma
coisa sobre Michael ajudar Gavin com o câncer”, somente depois do documentário
de Bashir ser transmitido na Grã Bretanha. Após mais perguntas, a senhora
Arvizo admitiu ela tinha se juntado a Michael Jackson em um processo contra a Granada Television, por usar imagens das
crianças sem permissão.
Parecia
que quanto mais Janet Arvizo testemunhava, mais ela cavava um buraco para a
promotoria. O júri não estava acreditando nela, não mesmo. Como os filhos dela,
Janet estava afirmando que Gavin foi inapropriadamente tocado por Jackson depois do escândalo causado pelo
documentário de Bashir, não antes.
De
acordo com Janet, a primeira vez que o senhor Jackson decidiu atuar
inapropriadamente com Gavin, foi no caminho de volta da Flórida para
Califórnia, exatamente depois que o documentário de Bashir foi ao ar. O
testemunho de Janet foi que ela nunca viu Michael Jackson fazer nada
sexualmente inapropriado com Gavin, embora ela tenha alegado ter visto Michael
lamber o cabelo da cabeça do filho dela, durante o voo de Miami a Santa Bárbara.
Com
Mesereau interrogando-a, a versão de Janet do alegado abuso sexual do filho
dela, fez cada vez menos sentidos. As alegações de Janet Arvizo começaram a
parecer crescentemente ultrajantes. O advogado de defesa fez Janet em pedaços,
particularmente sobre o alegado cativeiro dela em Neverland. Se houve algum
tipo de conspiração, Mesereau fez isso parecer como se houvesse uma conspiração
contra Michael Jackson.
Janet ter testemunhado que Michael tinha
planejado abduzir os Arvizos e, então, tinha atuado inapropriadamente com
Gavin, imediatamente depois do documentário de Bashir, abriu uma caixa de
Pandora, com o que Mesereau pode trabalhar. Mesereau mostraria que nas semanas
seguintes ao documentário de Bashir, Janet Arvizo e os filhos dela,
voluntariamente, passaram tempo em Neverland, tirando vantagens da bem
abastecida casa de Michael.
O
advogado de defesa provaria que Janet estava gastando o tempo dela decidindo
sobre se gravaria ou não um vídeo refutação. A senhora Arvizo manteve-se
ocupada, com Michael pagando por tudo, desde o tratamento dental de Gavin à
depilação de corpo inteiro de Janet. Quando Janet e os filhos dela, finalmente,
fizeram o vídeo refutação, isso foi gravado depois que os Arvizos voltaram para
Califórnia, muito atrasado para ser possível ir ao ar no programa refutação da FOX, The Michael Jackson Interview: The Footage You Were Never Meant to See.
Quanto
aos comentários dela no vídeo refutação, Janet continuou insistindo que ela e
os filhos dela estavam lendo um script
e disse aos jurados que nenhum deles queria dizer nenhuma das coisas amorosas
que eles disseram sobre Michael. Janet afirmou que ela e os filhos dela tinham
sido forçados a dizer que Jackson agia como uma “figura paterna” para Gavin.
Ela disse que ela e os filhos dela tinham sido orientados a dizer todas as
palavras que eles proferiram durante a entrevista. Mas o testemunho dela
parecia hipócrita.
Era
interessante assistir a como Janet ficou irada por ter sido forçada a usar um script para todo o vídeo refutação,
especialmente porque todos no tribunal tinha visto as partes “em off” do vídeo, e tinham visto Janet
falar aos filhos dela para sentarem eretos, para se comportarem,
espontaneamente sugerindo que ela e Gavin segurassem as mãos na frente da
câmera. Quando perguntada se as partes cortadas também era um script, Janet disse ao júri que era.
Quanto mais Janet insistia nisso, mais ela parecia uma mentirosa ruim. Enquanto
Mesereau a questionava, ele estava apresentando o ponto de vista dele para o
júri: Janet era uma mulher com um interesse.
“Eu
não sou uma boa atriz”, Janet testemunhou.
“Oh,
eu penso que você é”, Mesereau disse.
O
advogado de defesa tinha razão em acreditar que Janet estava dando um
espetáculo. Mas, em alguns momentos, Janet não pôde controlar as emoções dela e
ela se tornaria explosiva e antagônica no banco de testemunhas. O testemunho
emocional dela foi tão desequilibrado, que durante o interrogatório dela, pela
promotoria, Mesereau deliberadamente se recusou a objetar. Um advogado
intuitivo, Mesereau mediu Janet instantaneamente e estava feliz em vê-la sair
pela tangente. Quando Janet contou aos jurados sobre a boba teoria de
conspiração dela, ela disse que ela uma vez planejou fugir de Neverland em um balão a gás.
Em
apoio à teoria de conspiração, uma gravação de uma conversa telefônica entre
Janet e o grande amigo de Michael, Frank Cascio, foi mostrada ao júri. Naquela
conversa, Frank pedia a Janet para voltar a Neverland com os filhos dela,
mencionando a preocupação dele com a segurança de Janet. Porém, Frank não disse
nada sobre as pessoas alegadamente ameaçar a vida de Janet. Enquanto o júri
escutava a gravação a chamada telefônica, eles ouviram Frank Cascio dizer que
ele estava preocupado com a segurança da família Arvizo, por causa de todos
aqueles paparazzi.
Não
houve nenhuma menção à ameaça de morte.
Não
houve menção a assassinos.
A
única pessoa que alegou que a repercussão o documentário de Bashir, tinha
criado uma situação de ameaça de morte, foi a senhora Arvizo. Esta era uma
alegação que os filhos dela, Gavin e Star, tentaram corroborar, sem
sucesso. Logo no início do julgamento,
os dois garotos testemunharam que eles tinham escutado alguma coisa da mãe
deles sobre “assassinos”, mas as memórias deles eram vagas. Sob o
interrogatório da defesa, os garotos Arvizo admitiram que eles adoravam ficar
em Neverland, testemunharam que eles nunca se sentiram ameaçados por ninguém e
disseram ao júri que eles realmente nunca quiseram deixar o rancho de Jackson,
em nenhum momento.
As
alegações de Janet de que eles estavam sendo mantidos presos em Neverland, a
afirmação dela de que ela e os filhos dela estavam sendo mantidos escondidos de
misteriosos “assassinos”, parecia uma improvável loucura, especialmente desde
que gravações foram introduzidas como evidências, que provavam que Janet Arvizo
gastou milhares de dólares em maquiagem, produtos de beleza e tratamentos de
beleza, pagos pela empresa Neverland
Valley Ranch Enterteniment de Michael Jackson, durante fevereiro de 2003.
A
teoria de conspiração que a promotoria jogou na mistura, era o ponto mais fraco
do caso. Isso fez muitas pessoas pensarem duas vezes sobre o promotor ter um
desejo de vingança contra Jackson, sobre Sneddon tentar arruinar o artista de
qualquer forma possível. É claro, Tom Sneddon veementemente negava isso. Quando
o promotor afirmou que Michael Jackson tinha criado um plano para enviar a
família Arvizo para o Brasil, a alegação pareceu irracional.
A
promotoria produziu os passaportes e vistos mostrando que os “associados” de
Jackson tinha obtido aqueles itens junto com Janet Arvizo, sugerindo que o
“pessoal” de Jackson estavam planejando para que os Arvizos fizessem uma viagem
permanente para o Brasil. Mas a promotoria não foi capaz de estabelecer que a
viagem para o Brasil fosse algo mais que férias oferecidas. E o promotor
distrital, Sneddon, não foi capaz de provar, de nenhuma maneira, nem mesmo, que
Michael Jackson estava ciente de que a viagem para o Brasil estava sendo
preparada.
Quanto
mais havia testemunho sobre a viagem ao Brasil, mais o plano de conspiração
parecia um cenário forjado pela promotoria. Parecia estranho que a promotoria
colocasse tanta ênfase nisto, especialmente porque os Arvizos nunca fizeram
nenhuma viagem.
Pra
o júri, o promotor distrital, Tom Sneddon, argumentou que Michael Jackson
estava tão completamente desesperado depois do documentário de Bashir ser
transmitido que toda a careira e status
financeiro de Jackson estavam em risco, assim, o pop star precisava abduzir, aprisionar e extorquir a família
Arvizo, com o objetivo de manter a “imagem” dele. Para muitas pessoas, essa foi
a acusação mais absurda de todo o julgamento. Os observadores do tribunal
zombaram da noção.
As
pessoas pensaram que a teoria de conspiração era totalmente ridícula.
No
final do dia, Tom Sneddon não foi capaz de provar que Michael Jackson tivesse
qualquer conhecimento sobre a conspiração de enviar os Arvizos para nenhum
lugar. O time de acusação estava arguindo, sem sucesso, que Jackson através dos
“associados” dele, tinha uma mão na abdução dos Arvizos e no cativeiro deles. O
promotor afirmou que Jackson se envolveu em um plano criminoso, no intuito de
salvar a si mesmo da ruína financeira e profissional. Essa foi uma teoria que
deixou as pessoas no tribunal confusas. As pessoas começaram a se perguntar se
os promotores eram sérios, se os promotores tinham perdido a cabeça.
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Sesini duyur!