“It’s A Thriller”
“It’s A Thriller”
Quando
Brett Barnes foi chamado pela defesa como a próxima testemunha deles, o sangue
deixou o rosto de tom Sneddon e o homem ficou branco como um fantasma. O
promotor não poderia acreditar que mais um jovem homem estava caminhando para
frente para ajudar Michael Jackson. Talvez Sneddon tivesse sentido que ele
tinha intimidado muitas daquelas pessoas. Nos bastidores havia rumores de que
as pessoas que apoiaram a promotoria tinham tentado contatar certas testemunhas
de defesa, desejavam afastá-las do julgamento.
Pessoas
de dentro sabiam que a promotoria estava tentando caçar pessoas, pessoas como
Macaulay Culkin. Mesereau foi informado de que o xerife de Santa Bárbara estava
batendo na porta dos vizinhos de pelo menos uma testemunha chave, o que poderia
ter tido um efeito intimidador. Mas os amigos de Jackson estavam em fila, entrando
no tribunal por vontade própria.
Brett Barnes, um homem de vinte e três anos,
que tinha voado da Austrália, disse ao júri que ele tinha encerrar o trabalho
dele como croupier, em Melbourne, com
o objetivo de chegar à corte de Santa Maria. Brett identificou Michael como o
cavalheiro atrás da mesa da defesa e disse que Michael era um bom amigo dele, a
quem ele conhecia desde os cinco anos.
Barnes
disse ao júri que quando ele tinha cinco anos de idade, ele e a mãe dele tinham
escrito uma carta a Jackson e tinha feitos planos de entregar aquela carta a um
dos dançarinos de Jackson no aeroporto de Melbourne.
Pouco tempo depois, a família de Barnes recebeu uma ligação de Jackson e Barnes
disse que a primeira visita a Neverland
foi em 1991, quando ele a visitou com toda a família dele.
O
jovem homem relembrou pelo menos dez vezes que ele e a família dele tinham
ficado em Neverland, contando ao júri
que ele tinha escolhido dormir no quarto de Michael na maioria das ocasiões.
Sem hesitação, Brett estava confortável falando sobre ficar com Michael no
quarto dele, onde os problemas e as preocupações do mundo adulto poderiam ficar
de fora.
“Como
você descreveria o quarto dele?”, Musereau perguntou.
“É
grande. É muito legal, porque tem muitas coisas divertidas para fazer lá. Videogames, coisas assim. É
provavelmente melhor do que eu posso descrever”, Brett disse.
“Você
alguma vez esteve na cama de Michael Jackson?”
“Sim
eu estive.”
“Quantas
vezes você pensa que esteve?”
“Inúmeras.”
“O
senhor Jackson alguma vez molestou você?”
“Absolutamente
não”, Barnes disse. “E eu posso dizer a você agora mesmo que se ele tivesse, eu
não estaria aqui agora.”
“O
senhor Jackson alguma vez o tocou de maneira sexual?”, Mesereau perguntou.
“Nunca. Eu não suportaria isso”,
Barnes disse a ele.
“O
senhor Jackson alguma fez tocou qualquer parte do seu corpo de uma maneira que
você pensou ser inapropriada?”
“Nunca.
Isso não é o tipo de coisa que eu suportaria.”
Brett
Barnes descreveu os momentos dele no quarto de Michael como minifestas. Ele
disse ao júri que ele poderia se lembrar da irmã dele lá, além dos primos de
Michael, assim como Frank, Aldo e Marie Nicole Cascio. Barnes disse que houve
vezes quando Macaulay Culkin estava lá jogando videogames com todos eles, também; momentos dos quais ele se
lembrava com ternura. Barnes falou sobre a grande diversão que ele tinha em Neverland, comendo todo tipo de comida,
assistindo a muitos desenhos animados, brincando nos brinquedos do parque de
diversões, jogando nos jogos da árcade e passeando nas motocicletas/ATV pela propriedade.
“Você
está ciente de alguma alegação sendo feita de que o senhor Jackson o tocou
inapropriadamente quando você estava com ele?” Mesereau perguntou.
“Sim,
eu estou. E eu estou muito louco por isso”, Barnes disse.
“Você
está louco por isso”
“Sim.”
“Por
quê?”
“Porque
não é verdade e eles estão arrastando meu nome nesta sujeira. E eu estou muito,
muito, muito, infeliz por isso.”
Os
observadores no tribunal podiam ver que Barnes estava com muita raiva. O rapaz
não apreciava nenhuma falsa alegação sendo feita pelos empregados de Neverland, especialmente alegações
feitas por empregados que estiveram tentando extorquir dinheiro de Jackson.
Barnes estava, na verdade, ciente da circulação de rumores, rumores criados por
empregados insatisfeitos que alegaram ter testemunhado Brett e Michael tomando
banho juntos. Brett Barnes disse ao júri que nada assim aconteceu jamais, que
os empregados estavam espalhando mentiras.
Barnes
descreveu Michael Jackson como um amigo de longa data, como alguém que ele
esteve em contato durante anos. Estava óbvio que Brett Barnes gostava da
amizade dele com Jackson, quem ele disse ser “como um membro da família”.
Quando
Ron Zonen o interrogou, ele quis que Brett Barnes esclarecesse quantas vezes
Brett esteve no quarto de Michael como um convidado. Barnes, sem expressão,
declarou que ele sempre dormiu lá, não dando nenhuma importância a isso. Mas
Zonen pensou que isso era incriminador, ele queria que Barnes se sentisse
envergonhado.
“É
verdade, senhor, que você ficou virtualmente o tempo todo no quarto dele. Isso
está correto?” Zonen perguntou.
“Sim”,
Barnes testemunhou.
“E
durante aquele tempo, ninguém mais estava no quarto com você e Michael Jackson.
Isso é verdade?”
“Não,
não é verdade.”
“Você
pode nos dizer os nomes das pessoas que estavam no quarto com você?”, Zonen
quis saber.
“Minha
irmã. Macaulay Culkin. Havia Levon e Elijan”, Barnes se lembrou. “Havia Frank,
Eddie e Dominick e o filho dele, Prince, também.”
Zonen
não pôde acreditar quando Barnes testemunhou que ele continuou a dormir no
quarto de Michael até a idade de dezenove anos. Brett Barnes disse que ele
ficava no quarto de Michael com Prince Michael I, que estava com três anos, lá;
e Zonen considerou isso difícil de compreender.
Enquanto
Brett Barnes falava, os observadores no tribunal mantinham os olhos deles
colados no rapaz, fortemente, para ler entre as linhas. Era óbvia que Ron Zones
estava tentando fazer tudo que ele podia para abalar a testemunha e as pessoas
esperavam para ver se Zonen usaria o mesmo artifício, que ele usou com Wade
Robson. Quando Robson estava no banco de testemunhas Zonen mostrou a ele um
livro chamado Boys Will Be Boys.
O
livro, o qual Zonen gostada de mostrar na tela com outro livro chamado The Boy, tinha sido recolhido em Neverland em uma busca muito antes, em
1993. Ambos os livros incluía fotos de meninos em nu artístico, assim como
fotos de meninos brincando na praia, pendurando em árvores e se divertindo em
casas de banho. Quando Robson estava no banco de testemunhas, Zonen tinha perguntado
a testemunha se ele tinha olhado para Boys
Will Be Boys e pediu a ele para dizer ao júri se ele pensava que isso era
mais que apenas inocentes fotografias. Wade Robson olhou para a peça, item de
evidencia, e testemunhou que ele nunca a tinha visto antes. Robson disse ao
júri que ele pensava que o livro era inofensivo.
Os
observadores no tribunal viram que Zonen estava atacando aquele rapaz, tentando
deixá-lo nervoso de todas as formas possíveis. Zonen queria deixar o júri
inflamado e ele questionou o rapaz sobre atos lascivos, apresentando material
sexualmente explícito, lançando perguntas acusatórias sobre eles. A tática não
tinha funcionado com Wade Robson, mas Zonen tinha deixado o júri nervoso,
perguntando qual caminho obscuro o promotor tentaria percorrer com Brett
Barnes. Ron Zonen tornou-se criativo com o questionamento dele e as pessoas no
tribunal pareciam estar se preparando pela nova forma de ataque.
“Senhor
Barnes, você considera uma desgraça ser molestado?” Zonen perguntou.
“Com
certeza”, Barnes respondeu.
“Tudo
bem. E por que é uma desgraça para alguém ter sido molestado?”
Barnes
tentou responder àquela pergunta hipotética, mas Mesereau objetou, sob o
argumento de que a pergunta era especulativa e Zonen prosseguiu. Ele pressionou
Barnes sobre todos os anos da vida dele, desde a primeira visita dele a Neverland, aos nove anos de idade,
perguntando a Barnes se ele esteve na mesma cama com Jackson aos nove anos de
idade, aos dez, aos onze, aos doze e por aí vai.
Barnes
testemunhou que ele não podia se lembrar da idade exata dele, nas ocasiões
quando ele visitou Neverland. Ele se lembrou
de que ele viajou para Neverland
quase uma vez por ano, depois da primeira visita dele, testemunhando que ele
dormiu no quarto de Michael sempre que ele esteve lá.
“Você
continua dormindo com Michael Jackson” Zonen perguntou.
“Não,
não continuo”, Barnes disse a ele.
“Quantos
anos você tinha quando você parou de dormir com Michael Jackson?”
“Eu
não posso lhe dizer isso.”
“Por
que você não continua dormido com Michael Jackson?”
“Bem,
ele tem filhos agora.”
Era
como se Zonen estivesse usando uma lente magnífica, procurando por situações,
quando Barnes dividiu a cama com Jackson. Ele pressionou e pressionou, tentando
enquadrar as coisas de forma negativa, mas Brett Barnes, pela expressão do
rosto dele, parecia sentir que nem ele, nem Michael tinham feito nada de
errado.
“Você
alguma vez teve uma conversa com seu pai sobre se era adequado dividir a cama
com um homem de trinta e cinco anos?” Zonen perguntou.
“Não
que eu me lembre”, Barnes disse a ele.
“Você
alguma vez teve uma conversa com sua mãe sobre isso, se era uma coisa sábia a
fazer, dividir a cama com um homem de trinta e cinco anos?”
“Não
que eu me lembre.”
“Ele
alguma vez mostrou a você algum material sexualmente explícito?”
“Absolutamente
não.”
“Você
estava ciente que ele possuía material sexualmente explícito?”
“Não.”
Zonen
pediu a Barnes para contar sobre as viagens dele com Jackson, para dizer ao
júri sobre sair em turnê com Jackson para lugares exóticos com a América do
Sul, sobre viajar com Jackson por cidades por toda a América do Norte. Barnes
disse que ele se sentia “muito afortunado” por viajar com Jackson e disse que
isso foi emocionante, se juntar ao pop
star em turnê. Barnes disse ao júri
que Jackson arranjou para todas as viagens, pagando para outros membros da
família de Barnes viajar com ele também.
“Quando
você dormiu com Jackson, o que você estava vestindo?” Zonen perguntou.
“Calças
de pijama, camisetas de pijamas, às vezes”, Barnes disse a ele.
“Sempre?”
“Bem,
sempre calças de pijama, sempre camiseta.”
“E
o senhor Jackson?”
“Exatamente
a mesma coisa.”
“Você
alguma vez falou com Michael Jackson sobre a propriedade de dividir a cama com
ele” Zonen satirizou.
“Não
que eu me lembre”, Barnes disse.
“Não
houve um momento, em que você tenha conversado com Michael, onde o assunto da
conversa foi se você deveria ou não dividir a cama com ele?”
“Não
que eu me lembre.”
Zone
tentou fazer Barnes dizer que ele tinha sido tocado ou beijado por Jackson, mas
a única coisa de que Barnes pôde se lembrar, foi de que Jackson sempre diria e
ele que ele era amado. Brett se lembrava de ter sido beijado na bochecha e na
testa por Michael. E apenas isso.
0 comentários »
Sesini duyur!