“People Make The World Go ‘Round”
“People Make The World Go
‘Round”
Bob
Jones, que se juntou a Motown records, em 1969, como um gerente de publicidade,
mais tarde ele se tornou o vice-presidente da MJJ Productions,
companhia onde Jones trabalhou por cerca de vinte anos. Dentre outras coisas,
Bob Jones era responsável pela comunicação e relações públicas. Jones cuidava
de tudo sobre “imagem”, com o que Michael se preocupava. Era Jones um guru de
relações públicas, que era chamado para dar uma interpretação positiva a
pesadelos de relações públicas, como as infames alegações de que Jackson dormia
em uma cama hiperbárica e os infinitos rumores de que Jackson queria comprar os
ossos do Homem Elefante. Tendo se tornado uma fixação da vida de Michael, foi
Jones que surgiu com o título “Rei do Pop”.
Sobre
a preferência de Jackson em gastar o tempo dele com crianças, Bob Jones não
tinha nada a dizer. Jones, que tinha sido um amigo e um parceiro de negócios
por décadas, que tinha sido honesto e leal a Michael, não tinha palavras rudes
sobre a proximidade de Michael com crianças. Ele diria que Michael Jackson era
alguém que acreditava nas crianças como “o futuro”, que acreditava que as
crianças “poderiam curar o mundo”.
Porém,
depois da demissão dele, em 2004, Bom Jones tomou uma nova atitude em relação a
Jackson. Como não era mais o principal Relações Pública de Jackson, ele não
parecia se importar com Michael como pessoa.
Desde que ele não estava recebendo cheques regulares da MJJ Productions, Bob Jones sentiu a
necessidade de ganhar dinheiro de outra forma. Parte do problema foi o jeito
como Jones tinha sido demitido. Michael tinha insultado Bob, tinha escolhido
não lidar com Bob em pessoa, com quem tinha criado fortes sentimentos. Depois
de muitos anos de serviço, Michael tinha enviado uma mensagem, pela internete,
agradecendo Jones, informando-o que ele não era mais um empregado. Não apenas
Jones foi demitido, mas os advogados de Jackson lhe disseram que não haveria
indenização pela demissão, não haveria aposentadoria. Um bilhete foi escrito a Bob Jones, o qual,
supostamente, dizia que “deveria ter sido uma grande honra apenas ter
trabalhado com Michael Jackson”.
Não
muito depois da demissão dele, Bob Jones decidiu escrever um livro. Foi uma exposição
que ele coescreveu, intitulado “Michael
Jackson: The Man Behind The Mask.
No livro, Bom Jones apresentou um retrato que prometia ser mais uma mancha no,
uma vez promissor, legado de Michael Jackson. Escrito em colaboração com Stacy
Brown, um velho jornalista e autoproclamado amigo da família Jackson, The Man Behind The Mask atacou Michael
Jackson pela aparência dele estar sempre modificando e descreveu o casamento
entre Michael e Lisa Marie Presley como “uma farsa”. Este livro tentou
desacreditar o respeitável legado musical de Jackson, por afirmar que Michael
era “um louco confuso e um viciado enfurecido”.
Para
balancear as alegações desagradáveis, o prefácio de Bob Jones fez um especial
esforço para ressaltar que, durante o tempo que ele trabalhava com Michael, Bob
considerava Jackson o mais influente astro “do mundo”. Embora ele estivesse
atacando o pop star, Jones lembrou
aos leitores que “na opinião dele, Michael Jackson era “maior que Elvis
Presley”. Ele ressaltou isso porque Jackson se apresentou para centenas de
milhares de pessoas por todo o mundo, porque o alcance dele foi além da
América, Michael era a maior estrela do mundo. Jones lembrou que Michael tinha
uma população mundial que o adorava. Aparentemente, Jones sentiu que ele
deveria dizer isso.
O
livro era um paradoxo. Por um lado, Jones falou da vida de Michael como sendo
uma farsa, usando o casamento dele e os “filhos loiros”. Por outro lado, Jones
ofereceu detalhes sobre Lisa Marie Presley tendo “uma coisa com Michael”,
insistindo que quando Michael, de repente, anunciou o casamento dele com a
enfermeira Debbie Rowe, Lisa Marie fez repetidas tentativas de ganhar Michael
de volta.
De
acordo com o livro, Lisa Marie ficou furiosa quando Michael disse a ela que
Debbie Rowe ofereceu dar um filho a ele. Bob Jones afirmou que Lisa Marie
Presley tinha feito a Michael a mesma oferta, esperando ter um filho pouco
depois da união do casal. Jones afirmou que Lisa Marie Presley ficou
“apavorada” quando imediatamente depois de se divorciar de Michael, o por star anunciar que Debbie estava
grávida do filho dele.
Havia
muitos paradoxos, muitos para mencionar, mas o maior insulto foi a afirmação de
Bob Jones de que Michael Jackson, que era o artista musical mais celebrado de
todos os tempos, não era mais existente como influencia musical. Quanto a
“grande notícia” que Jones tinha a oferecer sobre a vida pessoal de Michael,
Jones insinuou que a propriedade de Michael, Neverland, ela um lugar “destinado
a atrair crianças inocentes”. O livro tentou derrubar Jackson em todos os
capítulos, mas, ao mesmo tempo, Jones mencionou várias pessoas que apoiavam
Michael Jackson, como o ativista Dick Gregory e comediante Steve Harvey. Jones
disse que havia pessoas que acreditavam que Michael tinha sido “escolhido” por
famílias em busca de prêmios em dinheiro.
Para
Michael, o livro de Bob Jones foi um ato de traição final, independentemente
das débeis tentativas de parecer justo e equilibrado. O livro foi pobremente
recebido pelo público, vendendo apenas cerca de dez mil cópias e lendo-o, as
pessoas souberam que Bob Jones alinhou-se com pessoas que tinham “as mentes
feitas” sobre Michael, por causa dos dias das alegações feitas por Jordie
Chandler. Bob Jones estava ativamente condenando Michael por pagar 20 milhões
em um acordo para Jordie Chandler e os pais dele e os fãs de Jackson
consideraram essa afirmação especialmente desagradável.
Porque
ele não queria ser visto como mais um empregado descontente, Bob Jones disse
aos leitores dele que a subida demissão dele tinha sido uma “gota d’água” para
ele, declarando que ele sentiu que ser demitido por FedEx foi desonroso. Jones queria garantir aos leitores que ele
estava sendo totalmente honesto. Ele não queria que os leitores pensassem que a
demissão dele tinha qualquer influência com o significado implícito no texto do
livro dele, embora todos pudessem ler nas entrelinhas que Jones queria
massacrar Michael.
Bob
Jones e Stacy Brown tinham coescrito o livro antes do julgamento em Santa Maria
começar e quando os dois foram questionados no banco de testemunhas, os dois
homens admitiram que o manuscrito estava sendo editado e seria lançado no tempo
do veredito. Na frente da contracapa do livro, Jones se perguntava “o que
aconteceria se Michael Jackson for condenado por abuso sexual infantil?” Ele
lembrou os leitores sobre o que LaToya tinha dito alegado no livro dela, sobre
garotinhos em volta de Michael. Todo o texto, Jones parecia culpar os pais de
Michael e os irmãos por não prestar bem atenção ao pop star. Ele parecia estar feliz em condenar Michael, esperando
tirar a coroa do Rei do Pop. Para sempre.
Bob
Jones soou amargo, no livro dele e no banco de testemunhas. Para os leitores o
guru das Relações Públicas zombava da noção que o mundo via Michael Jackson
como realeza. No livro dele, Jones chamou a família Jackson de “raça diferente”
que tinham “estranhos e loucos modos”. Jones retratou a família Jackson da pior
forma possível e os destruiu de maneira sutil.
“Houve
na verdade um tempo quando os Jacksons eram comparados aos Kennedys, como
realeza americana”, Jones escreveu. “Esse tempo parece eras atrás, agora que as
ações da família, particularmente Michael, com sucesso destruiu o que uma vez
pareceu ser um legado intocável.”
Na
manhã que Bob Jones sentou no banco de testemunhas, havia um silencio no
tribunal, esperando para ouvir cada palavra que o Relações Públicas tinha a
dizer. Jones identificou Michael Jackson, como o homem sentado atrás da mesa da
defesa, o homem com longo cabelo preto e Michael olhou para ele como olhos penetrantes.
Michael parecia incrédulo que um dos empregados dele de maior confiança pudesse
se voltar contra ele tão abertamente. Jones estava lá para testemunhar para a
promotoria, e todo mundo estava curioso para saber quais segredos ele estava
prestes a compartilhar.
Gordon
Auchincloss, ele mesmo um distante membro da família Kennedy, foi o promotor a
fazer o interrogatório direto e, como abertura, ele pediu a Bob Jones para
falar sobre o livro dele, ao qual Jones se referia como “Memórias” dos anos
dele com Michael Jackson. Era surpreendente escutar Jones dizendo que ele raras
vezes viu Jackson em pessoa, contando aos jurados que esteve com Michael em
apenas três ou quatro turnês musicais e tinha acompanhado Michael em alguns
eventos especiais que ele tinha arranjado, como o World Music Awards, que aconteceu em Mônaco, em 1992.
Passando
a matérias mais relevantes, Bob Jones testemunhou que ele voou com Jackson e a
família Chandler de Los Angeles a Paris, daí de Paris para Monte Carlo e disse que ele tinha testemunhado
Michael tendo contato físico com Jordie Chandler apenas uma vez, quando o pop star segurou Jordie no colo dele
durante a premiação musical. O que se seguiu foi uma linha de questões
relacionadas à alegação de que Michael tinha lambido o cabelo da cabeça de
Jordie Chandler, mas Jones negou ter visto tal coisa, alguma vez.
Quando
Auchincloss apresentou a Jones um e-mail onde Jones alegadamente escreveu sobre
ver “lambidas no topo da cabeça” no World
Music Awards, Jones negou se lembrar
de ter escrito o e-mail. O Relações Públicas estava hesitante sobre dizer que
ele tinha escrito isso, embora Jones não pudesse negar que a citação se
referindo a Jackson lamber o cabelo de Jordie Chandler, tinha sido enviada do
endereço de e-mail dele.
A
alegação de “lambidas no cabelo” era outro pequeno detalhe louco que surgiu
durante o julgamento e neste caso se tornou uma questão, porque Janet Arvizo
tinha feito uma alegação similar, afirmando que ela tinha visto Michael
lambendo a o cabelo de Gavin, enquanto ele dormia, no voo da Extrajet com Michael, de Miami para Santa Bárbara.
A
imagem de Michael lambendo o cabelo de alguém, como um gato, era uma coisa
sobre o que todo mundo fazia piadas e gestos engraçados. Era algo que as
pessoas nem mesmo tentaram relatar nos canais de TV. Em vez de fazer um
estardalhaço na televisão, para a cobertura midiática do julgamento, isso se
tornou outra estória de fundo, que levou as pessoas a fazer especulações. As
pessoas se perguntavam se Janet Arvizo poderia ter sabido sobre esta alegação
de “lambida de cabelo”, de algum jeito. Janet poderia ter decidido jogar isso
dentro do testemunho dela, enganosamente, para apimentar as coisas.
É
claro, o testemunho de Janet não precisava ser apimentado. Não mesmo. Quando
Janet Arvizo mais tarde entrou no tribunal, ela daria um show durante três dias, que seria inacreditável. Ela não apenas
estava apontando o dedo para o júri, Janet insistiria que ela era “escolhida de
Deus”, prometendo que ela não estava nisto por dinheiro.
Diante
dos observadores do tribunal, Janet fez o sinal da cruz diante do peito dela,
jurando que ela não precisava do dinheiro de Jackson. Janet parecia ter
múltiplas personalidades, entrando e saindo de diferentes caracteres, por
vezes, o desempenho dela foi digno de um Oscar. Em retrospecto, Janet Arvizo
era a antítese de Bob Jones, quem era firme e seguro de si mesmo, enquanto
estava no banco de testemunhas.
Quando
ele testemunhou, Bob Jones estava muito confortável, era como se ele estivesse
sentado no sofá da casa dele. Jones estava completamente tranquilo quando ele
falou sobre a vida privada de Michael para o juiz, para o júri e para os
observadores do tribunal. Jones revelou detalhes da vida de Jackson sem parecer
se importar absolutamente com as acusações criminais que o pop star estava enfrentando. Era óbvio que Michael não era estranho
para ele. Mas, Bob estar tão calmo e tranquilo sobre a vida de Michael, estando
a vida de Michael em jogo, era impressionante.
Em
certo ponto durante o testemunho dele, Jones decidiu olhar para Jackson, mas o
Rei do Pop não deu a ele nenhuma resposta visível. Bob Jones falou ao júri de
forma muito polida e ela não era inabalável nas respostas dele, embora a
memória dele não fosse sempre clara. Enquanto Mesereau questionava Jones,
parecia que o advogado de defesa decidiu ser deliberadamente gentil com a
testemunha. Mesereau não esperava muito de Bob Jones, ele apenas queria que o
Relações Públicas esclarecesse certas coisas.
Mesereau
relembrou Jones que na entrevista dele com a polícia de Santa Bárbara, houve
específicas questões sobre “lambida de cabelo”, ao que Jones respondeu que
nunca tinha visto tal coisa, jamais. Sobre essa declaração, Bob Jones não tinha
clara lembrança. O Relações Públicas não se responsabilizava pelas
discrepâncias entre o que ele disse à polícia e o que ele disse a Stacy Brown
para o propósito do livro deles.
“A
realidade é, senhor Jones, você repetidamente disse que você não se lembrava de
nenhuma lambida de cabelo no avião com Jordie, não disse?” Mesereau perguntou.
“Isso
apareceu em um e-mail. Eu não me lembro de ver isso, mas isso... aparentemente
então, porque isso apareceu em um e-mail que veio da minha máquina.” Jones
testemunhou.
“Bem,
em resposta às perguntas da promotoria, você disse que você tinha reservas
sobre esta declaração?”
“Sim.”
“E
qual é sua reserva sobre esta declaração?” Mesereau quis saber.
“Que
eu não me lembrava exatamente de ver isso. Eu realmente não me lembro”. Jones
disse.
“E
você concordaria que quando você está trabalhando com um coescritor e dono de
editora para preparar um livro sobre Michael Jackson, há pressão para colocar
coisas sensacionalistas, quando você pode?”
“Sim.”
“Está
bem. E certamente, tendo trabalhado com Michael todos aqueles anos, você viu
inúmeras tentativas por inúmeras pessoas em sensacionalizar aspectos da vida de
Michael, certo?”
“Correto.”
Mesereau
queria que Bob Jones admitisse que o livro dele, escrito com Stacy Brown, tinha
sido escrito com a intenção de sensacionalizar a vida de Jackson tanto quanto
possível. A promotoria objetou àquela linha de questionamento como
argumentativa, então Mesereau a reformulou, mas, mais trade, abandonou o
assunto. Mesereau decidiu partir para outra linha, perguntando a Jones sobre a
experiência pessoa dele com Michael, oferecendo ao júri um retrato mais íntimo,
tentando humanizar o superstar.
“Você
não foi muito à Neverland?”, Mesereau
perguntou.
“Eu
fui a Neverland quando eu trouxe grupos, como o Challagers Boys and Girls Club, como o First AME Church, et Cetera.
Eu não era realmente um visitante regular em Neverland”, Jones disse.
“Está
bem, agora, você indicou o premio de música, The World Music Awards,
como o ponto onde você viu Jordie no colo de Michael e a irmã dele no colo de
Michael, juntos, certo?”
“Está
correto.”
“Certo.
E onde Michael Jackson sentou naquele evento?” Mesereau perguntou.
“Ele
estava sentado na fileira da frente, com o Príncipe Albert de Mônaco, de um
lado e Linda Evans, a atriz, do outro”, Jones testemunhou. “E eu tinha
arranjado para os Chandlers sentarem diretamente atrás do senhor Jackson,
porque eu não sentia que a realeza queria ficar ao lado daqueles convidados.
Mas ele insistiu que eles sentassem com ele, então eu deixei para lá.”
Naquela
ocasião, Michael estava sendo homenageado em um evento anual de premiação, em Monte Carlo, o qual estava sendo
televisionado pelo mundo. Bob Jones confirmou que a mãe de Jordie, June
Chandler, estava sentada diretamente atrás de Michael durante o evento,
proeminentemente sentada na segunda fileira. Jones disse que as duas crianças
Chandler estavam inicialmente sentadas na segunda fileira com June, mas Michael
tinha insistido que Jordie e a irmã dele se juntassem a ele no acento dele.
Naquele momento, Jordie sentou no colo de Michael e a irmã dele sentou no colo
de Linda Evans. De acordo com Jones, em nenhum momento Michael tentou esconder
as crianças, nem tocou as crianças de nenhuma forma inapropriada.
Bob
Jones disse ao júri que Michael levou June Chandler e os filhos dela com ele a
uma recepção oferecida por Sua Alteza Real, o Príncipe Albert, a qual aconteceu
no palácio para dignos visitantes. Enquanto Jones descrevia a viagem, tornou-se
evidente que Michael tratava os Chandlers como família. Também ficou claro que,
enquanto Jones estava louco por ter crianças por perto, Michael parecia gostar
da companhia de crianças mais que da companhia de adultos. Não havia nada que
Bob pudesse fazer ou dizer para mudar a cabeça de Michael sobre isso.
Imediatamente
em seguida ao testemunho de Bob Jones, foi Stacy Brown, o coautor de The Man Behind The Mask, quem disse aos
jurados que conhecia Jones há anos, dizendo que ele tinha coberto estórias
sobre Michael Jackson para o LA Daily
News e tinha uma longa história escrevendo estórias de “Jackson”. Um cara
afável, bonito, tímido e charmoso, Stacy Brown disse que ele tinha ligado para
Bom Jones para comentários durante anos, sobre as coisas pessoais em relação à
vida de Michael e o relacionamento deles tinha florescido. Stacy Brown contou
ao júri que Bob Jones o tinha abordado sobre colaborar em uma expose de Jackson e relatou que eles
falaram pela primeira vez sobre a ideia no dia do indiciamento de Michael, em
Santa Maria, em janeiro de 2004.
Brown
testemunhou que ele e Jones trabalharam juntos por e-mail e disse que ele tinha
entrevistado Bob Jones extensivamente no intuito de escrever o livro. Um
jornalista afro-americano, Stacy Brown alegou que ele tinha sido amigo da
família Jackson por anos, mas enquanto ele falava, Brown deliberadamente evitou
qualquer contato visual com Michael. Na verdade, Stacy Brown ficou longe da
família Jackson durante o tempo dele em Santa Maria.
Como
Bob Jones, Brown era uma testemunha da promotoria. Ele testemunhou que ele se
lembrava de Jones dizendo a ele sobre o incidente da “lambida de cabelo” com Jordie
Chandler, embora ele afirmasse que Bob Jones tinha sido hesitante em
testemunhar sobre aquele detalhe particular, porque Jones tinha “lembranças
nebulosas” em relação àquela questão de lambida de cabelo.
Quanto
mais Stacy Brown era questionado sobre a alegada “lambida de cabelo”, mas as
pessoas no tribunal balançavam as cabeças delas e sorriam. As pessoas estavam
tentando evitar as gargalhadas e ninguém soube se havia alguma verdade na
alegação, porque Jordie Chandler nunca testemunhou. Era bizarro pensar sobre as
alegações de “lambida de cabelo” e as pessoas olhavam para Michael, esperando
captar a reação dele ao testemunho do jornalista. Mas o rosto de Michael esta
indecifrável. Enquanto Stacy Brown falava, Michael parecia imóvel. Apenas uma
vez, ou duas, ele balançaria a cabeça dele, como se para desacreditar o
relacionamento de Brown com ele. E foi tudo.
Quando
questionado sobre o negócio do livro e como isso foi feito, Stacy Brown
testemunhou que Bob Jones estava com necessidades financeiras, que Jones estava
“quebrado” naquela época em que ele propôs a ideia de escrever uma expose de Jackson. Quando perguntado
sobre o dinheiro que ele esperava fazer com o empreendimento, Stacy Brown
alegou que ele e Jones não tinham pensado sobre dinheiro.
O
senhor Brown disse ao júri que ele realmente gostava de escrever, que ele não
estava contando com nenhuma promessa sobre como o livro Michael Jackson dele
faria, mas ele afirmou que estava esperando colocar o livro nas prateleiras,
antes do fim do julgamento. O autor pensava que a combinação de Bob Jones e
Michael Jackson geraria um barulho e ele mais tarde deu uma cópia grátis do
livro dele para todas as pessoas da mídia que cobriam o julgamento.
“Você
concordaria que quanto mais sensacionalista o livro, melhor a chance de fazer
dinheiro com ele?”, Mesereau perguntou.
“Bem,
obviamente”, Brown disse. “Nós temos dito coisas sobre Michael Jackson, que de
forma nenhuma os surpreendem, então... mas não é nossa intenção escrever um
livro sobre escândalos, se é isto que você quer dizer. Certamente não é a minha
e eu tenho escrito isso. E eu tenho pessoas na família dele que eu amo muito, a
quem eu não vou desapontar.”
Nos
últimos dias do julgamento, exatamente antes do veredito, Michael Jackson: The Man Behind The Mask foi lançado. Enquanto os membros da mídia liam passagens do
livro, eles davam uns aos outros “rabos de olho”. A maioria das pessoas nunca
pareceu passar da aba interna, lendo uma declaração que dizia: “A recente
prisão de Jackson sob alegações de abuso sexual infantil... poderia... derrubar
as cortinas do show business e mostrar a mais bizarra execução”.
Se
eles queriam criar um escândalo ou não, Bob Jones e Stacy Brown publicaram um
livro que oferecia um vislumbre sobre muitos assuntos espinhosos, sobre rumores
e insinuações que persistiram na vida de Michael. Entre as coisas que a livro
alegava expor, estavam os “decadentes e fraudulentos casamentos” de Michael, o
“venenoso relacionamento familiar” dele e as “cerimônias voodoos” dele.
O
livro era venenoso.
O
livro era perverso.
No
fim, o esforço de colocá-lo nas mãos dos leitores em todo o mundo falhou
miseravelmente.
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Sesini duyur!