“If Wanna Make The World A Better Place _ Take A Look At Yourself And Make A Change”
“If Wanna Make The
World A Better Place _ Take A Look At Yourself And Make A Change”
Quando
o Gavin de 15 anos de idade sentou no banco de testemunhas, ele parecia estar
com o cabelo bem cortado, vestindo uma camiseta azul-escuro e com calças
escuras. Gavin falou sobre o apartamento de um quarto de solteiro onde ele e a
família dele viviam, na rua Soto,
testemunhando que toda a família dormia em uma única cama, juntos. Gavin
explicou que depois que ele teve câncer, ele se mudou para a casa dos avós
dele, para viver em um quarto estéril e durante aquele tempo a mãe e o pai dele
“brigariam todo dia” por causa de contas e outras questões de “controle.” Gavin
disse que testemunhou violência física entre a mãe e o pai dele. Ele, então,
falou sobre a introdução dele no Laugh
Factory, onde ele recebeu instruções
do comediante George Lopez.
Uma
vez que ele se tornou doente de câncer, Gavin testemunhou, ele pediu para
conhecer Jay Leno. Gavin pensava que Leno era um “comediante realmente legal” e
disse que Leno era alguém que ele sempre quis conhecer. Através de Jamie Masada, Gavin recebeu o
telefone de Leno, mas, de acordo com Gavin, ele apenas falou com uma secretária
eletrônica , quando ele deixou inúmeras mensagens para Leno, sem nunca falar
com o artista.
De
todas as celebridades que Gavin conheceu durante a luta dele contra o câncer,
incluindo Chris Tucker e Kobe Bryant, Michael Jackson foi o favorito dele.
Gavin testificou que as outras celebridades tinham realizado apresentações
“beneficentes” no Laugh Factory no
intuito de pagar pelo tratamento de câncer e testificou que, apenas Michael
Jackson, começou ligando ao hospital, mais de vinte conversas ocorreram entre
ele e Michael, antes que ele realmente encontrasse o superstar. Quando a família Arvizo foi à Neverland pela primeira vez, Gavin disse que
pensou que Michael fosse o “cara mais legal do mundo.” Durante as horas do
primeiro encontro pessoal deles, Gavin sentiu como se Michael fosse o “melhor
amigo dele no mundo.” Gavin falou isso com voz macia, olhando para Michael
Jackson. Enquanto os membros do júri tomavam notas vigilantes, eles estavam
observando a postura fria de Jackson. O superstar
parecia totalmente desgostoso com o garoto.
Gavin
disse que na primeira visita dele à Neverland, ele teve um “teste de direção”
com Michael em um carrinho de golfe. Michael queria ter certeza de que Gavin
estava forte o bastante para suportar os passeios. Quando Gavin provou que
estava se sentindo bem, Michael deixou que ele fosse livremente ter um dia de
diversões com os irmãos.
Contrariamente
ao que disse no vídeo refutação, Gavin alegou que o assunto de dormir no quarto
de Michael não foi ideia dele. Ele testemunhou que foi Michael quem sugeriu
isso, alegou que Michael sugeriu a Gavin que perguntasse sobre isso aos pais
durante o jantar, naquela primeira noite.
Tarde
naquela noite, no quarto de Jackson, Gavin disse que ele o irmão dele
assistiram a episódios de Os Simpsons e foram apresentados a sites pornôs pelo
amigo intimo de Michael, Frank Cascio. Gavin descreveu olhar para “material
feminino adulto” com Michael e Frank na internete. Fotos de mulheres de topless, mulheres de quem Michael,
alegadamente, caçoou e disse “vai um leite aí?”
Gavin
atestou que ele visitou o rancho Neverland um total de sete vezes durante a
batalha dele contra o câncer, afirmando que ele esteve lá acompanhado da mãe
dele apenas uma vez. Na primeira viagem dele à propriedade. O garoto confirmou
que ele fez um curto vídeo com Michael, em que Star o levava pelo lugar, em uma
cadeira de rodas. Das sete vezes em que Gavin visitou o rancho naquele período,
ele afirmou ter passado tempo com Michael em apenas duas ocasiões.
Durante
o resto das visitas dele à Neverland, Michael não estava na propriedade ou não
estava disponível. Gavin pareceu bravo sobre uma vez em que ele “esbarrou” em
Michael em Neverland depois de ter sido informado de que Michael não estava no
terreno. O Garoto disse que Michael “jogou isso fora” como se não fosse grande
coisa. Mas era óbvio que Gavin estava magoado por não ter a chance de passar
mais tempo com Michael, assim ele se sentiu traído pelo comportamento evasivo
de Michael.
Quando
Tom Sneddon perguntou a Gavin sobre o documentário de Bashir, o garoto se
lembrou de ter sido levado ao rancho por Chris Tucker, acompanhado pelo irmão e
irmã. Gavin alegou que Michael o tinha contatado por telefone, que Michael
queria que ele viesse para o rancho encontrar-se com Bashir e Gavin concordou,
embora ele tenha dito que não tinha certeza de sobre o que se tratava o
“encontro”. Gavin disse que quando ele chegou à Neverland, Michael contou a ele
sobre outro jovem, uma vítima de queimadura, chamado David, em que o pai havia
derramado gasolina por todo o corpo. Para Gavin, Michael explicou que Bashir
faria um documentário sobre as crianças a quem Michael tinha ajudado. Em seu
testemunho, Gavin alegou que Michael fez parecer como se isso fosse a
oportunidade de Gavin para “atuar” e “fazer um teste” para a câmera,
enfatizando que Michael, pessoalmente, pediu a ele que gravasse uma entrevista
com Bashir.
Quando
Gavin respondeu às perguntas, ele parecia estar dizendo ao júri que a
entrevista dele a Bashir não tinha sido genuína, que Michael o tinha instruído;
que Michael tinha pedido a ele para chamá-lo de “papai” ou “pai”. Gavin
insinuou que Michael tinha lhe pedido que representasse uma certa imagem para a
câmera, que Michael queria que Gavin desse a impressão que os dois eram como
“família”. Gavin atestou que Jackson queria que Bashir soubesse o quanto ele o
tinha ajudado e alegou que Michael disse a ele para falar “ele basicamente
curou meu câncer.”
Gavin
destruiu o documentário de Bashir, particularmente esta cena onde Gavin tinha
elogiado Michael e falado muito sobre o cuidado e preocupação de Michael, como
uma figura paterna na vida dele. No banco de testemunhas, Gavin negou quase
tudo que ele disse a Bashir. Gavin disse ao júri que Michael “quase não estava
lá” durante o tratamento de câncer dele, que era Chris Tucker e George Lopez
quem o visitava no hospital. Gavin estava embaraçado por admitir a admiração
dele por Michael e, embora ele não pudesse negar completamente as coisas legais
que ele disse sobre Michael na entrevista de Bashir, Gavin não mais queria dar
a Michael os créditos por curá-lo.
No
banco de testemunhas, Gavin parecia estar chateado com Michael, explicando que,
apenas horas depois da filmagem de Bashir ter sido gravada, Michael deixou Neverland
e pareceu desaparecer no ar. Gavin depôs que ele e os irmãos ficaram nas
unidades de hóspedes por uma noite, mas eles nunca viram Michael Jackson
novamente, nesta visita em particular, nem Gavin escutou Michael novamente, até
o documentário de Bashir se exibido, vários meses depois.
“Um Dia Bizarro No Caso De Jackson”
“Jackson Evita Prisão Durante O Dia
De Teatro Cheio”
Isso
foi na manhã seguinte, 10 de março de 2005, quando Michael Jackson não tinha
chegado ao tribunal na hora. Dentro do tribunal, Mesereau explicava ao juiz que
Jackson estava recebendo tratamento em um hospital próximo. Todos podiam ver
que o juiz Melville estava visivelmente aborrecido e o juiz ordenou a Mesereau
que providenciasse Michael Jackson até as 09h30min ou Jackson enfrentaria uma
prisão e o confisco da fiança de 3 milhões de dólares. Do Aldo de fora, a mídia
estava toda tremulante, observando Tom Mesereau falando no celular dele, no
estacionamento, parecendo preocupado e ansioso com o paradeiro do cliente dele.
Enquanto
a mídia continuava reunida do lado de fora, sob as tendas deles, fazendo
apostas sobre se Jackson chegaria ao tribunal a tempo, produtores de notícias
estavam acompanhando a comitiva de Jackson por atualizações feitas a partir de
helicópteros.
Repórteres
nos helicópteros forneciam ao time que estava no chão, notícias de minuto a
minuto, sobre a comitiva de Jackson, a qual estava localizada a cerca de
quarenta e cindo minutos de distância do tribunal e estava viajando a
velocidade excedente a 140 km por hora.
Todo
mundo se perguntava se Melville iria realmente jogar Michael na cadeia por
estar atrasado e as pessoas estavam fazendo apostas imaginárias sobre o
resultado, perguntando-se se Melville iria revogar a fiança de Jackson e se o superstar conseguiria vencer o tráfico.
Quando Michael e a comitiva dele estavam lutando contra o relógio, fãs estavam
escalando a cerca do tribunal, esperando escutar detalhes sobre o progresso de
Michael. Muitos fãs estavam se inteirando das notícias através dos rádios dos
carros deles. O barulho era tremendo. As pessoas estavam no celular, as pessoas
estavam enviando mensagens de texto, estava claro que todos estavam nervosos.
Então,
sob uma nuvem de aplausos, o carro de Michael apareceu cerca de cinco minutos
antes do prazo. Os fãs estavam enlouquecendo, enquanto Michael se afastava do
veículo dele, devagar. Vestindo calças de pijama azul, chinelos, camiseta
branca e um blazer azul-escuro, todo mundo estava boquiaberto com o traje. As
pessoas da mídia estavam perplexas, incapazes de entender aquilo. Para os fãs,
havia júbilo por Michael ter conseguido chegar ao tribunal a tempo. Para a
mídia, havia um misto de reações, principalmente no intuito de derrubar
Michael.
“Oh,
Meu Deus, ele está vestindo pijamas!”, as pessoas estavam sussurrando.
Celulares e BlackBerrys estavam
tocando e reportagens ao vivo sobre Michael parecer “grogue” estavam sendo
transmitidas, enquanto ele fazia o caminho dele até o tribunal do juiz
Melville. Enquanto os observadores assistiam Michael tomar o assento dele atrás
da mesa da defesa, as pessoas não conseguiam parar de fazer comentários sobre o
“pijama louco” dele. Algumas pessoas da mídia estavam falando sobre o cabelo
dele estar fora do lugar e concluíram que Michael estava usando uma peruca que
não tinha sido penteada. Outros afirmavam que Michael estava “super medicado” e
perceberam que os passos deles estavam lentos. Todo mundo tinha observações que
eram sussurradas em voz baixa e todos estavam de acordo de que o juiz não ia
apreciar a aparência de Michael.
Independentemente
do que todos pensavam sobre a estranha aparição de Michael, o zumbido na corte
acabou rapidamente, quando o juiz Melville entrou no recinto. Quando o júri
estava completo, o juiz Melville informou, educadamente, “Eu sinto muito pelo
atraso. O senhor Jackson teve um problema médico e eu tive que ordenar a
aparição dele”.
Com
essas palavras, Gavin Arvizo foi levado para dentro do tribunal, por uma
entrada especial e naquela manhã de terça feira, 10 de março, as gráficas
alegações do garoto contra Michael Jackson, descreveriam dois atos de
específico abuso sexual.
Todos
na corte se perguntavam por que as informações de Gavin sobre estes alegados
atos diferiam grandemente das informações dadas por Star, que já tinha falado
sobre os dois incidentes. Mas, as pessoas estavam dando à testemunha o
benefício da dívida.
Quanto
ao alegado abuso sexual, Gavin não deu um momento ou data exata, mas o garoto
depôs que os alegados atos ocorreram depois da viagem da família para Miami, justamente depois que o
documentário de Bashir foi exibido. Para os observadores, a cronologia parecia
estranha, principalmente quando foram exibidas evidências que mostravam a lista
da mídia que estava rondando o rancho Neverland, depois do resultado da obra de
Bashir. Aparentemente o “pessoal de Jackson”, foi bombardeado por dias e os
telefones em Neverland não paravam de tocar.
As
mensagens deixadas a Michael Jackson, especialmente em 6 de fevereiro de 2003,
vieram do Entertainment Tonight, Extra, Good Morning America, Jack Sussman, o alto executivo da CBS, Larry King Live, Connie
Chung da CNN, Sky News London, Bell Yard,
em Londres; e Barbara Walters, em nome da 20/20 para ABC. E essa foi apenas a primeira rodada de mensagens.
Fontes
de dentro confidenciariam que durante dias, o mundo inteiro esteve ligando,
tentando conseguir uma entrevista com Michael sobre o misterioso garoto, a
vítima de câncer com que Michael estava de mãos dadas, com quem Michael admitiu
ter dividido a cama dele. Embora Michael tenha dito a Bashir que o
relacionamento deles era inocente, que ele, Gavin e outras crianças tinham
dormido na cama dele juntos, a mídia não acreditava em Michael quando ele dizia
que “compartilhar sua cama” era um ato carinhoso. A mídia queria mais. Eles
queriam sujeira.
Diante
do júri, Gavin alegou que Jackson o molestou na sequência da fermentação de um
escândalo, com a imprensa mundial ligando, com autoridades iniciando investigações,
mas a maneira e o tom dele não pareciam corretos. Gavin poderia dar um
testemunho específico sobre os dois alegados atos. Ele poderia falar sobre ser
masturbado por Jackson. Mas havia alguma coisa sobre o comportamento calmo dele
que parecia encenação. As lembranças de Gavin pareciam questionáveis.
Gavin
disse ao júri que Michael tinha colocado a mão dentro dos pijamas dele, que
Michael tinha dito que masturbação era natural, mas estas eram as mesmas
palavras que foram usadas no processo de Jordie Chandler. Porque Gavin admitiu
que ele e a família foram ver o advogado de Jordie, antes mesmo de ter ido à
polícia, as pessoas no tribunal estavam tentando ler nas entrelinhas. No
início, o testemunho de Gavin parecia ter uma nota de verdade, porém, muito do
que ele disse parecia ser um roteiro, talvez escrito pela mãe dele e as lembranças
de Gavin dos eventos foram, mais tarde, contraditadas por outras testemunhas. O
Garoto depôs que ele recebeu vinho para beber no avião fretado, na volta de Miami, que ele e a família estavam sendo
levados de volta à Neverland em uma
limusine SUV branca, com Michael.
Gavin explicou que quando eles chegaram lá, depois de dirigir o carrinho de
golf por um tempo, mais tarde naquela noite, Star e Gavin dormiram na cama de
Michael, com ele, mas, ainda, nada sexual aconteceu. Gavin se lembrou de que,
naquela noite, ele e o irmão dele, além de Frank, Aldo Cascio e Michael,
fizeram “trotes” de chamadas para reclamações e bobagens a noite toda.
Gavin
asseverou que, no retorno de Miami
para Neverland, ele esteve bebendo álcool “toda a noite” e descreveu a adega
secreta de vinhos que Michael tinha na arcade,
escondida atrás de um jukebox que se
abria em uma pequena escadaria, Gavin depôs que ele recebeu vinho naquele lugar
e disse que ele e Michael desceram até a adega sozinhos, em cinco ocasiões,
levando álcool para o segundo andar, assim ele e o irmão dele puderam beber
vinho com Michael no “escritório e no quarto dele.”
Para
registrar, Gavin admitiu que ele e o irmão desceram até a adega em pelo menos
uma ocasião sem a presença de Michael.
Enquanto
ele falava para o júri, Gavin jurou que ele disse a Michael que era ruin para
ele beber álcool. Gavin alegou que ele disse a Michael que ele só tinha um rim,
mas Michael disse “tudo bem” nada vai acontecer. Gavin disse que Michael lhe
deu Bacardi, Jim Beam, vodka e vinho,
o que Michael chamava “Suco de Jesus” porque “Jesus bebia isso.”
Gavin
disse aos jurados que na primeira vez que ele provou vodka foi na adega secreta, quando Michael deu a ele um grande
copo, o qual ele pensou conter água. Ele disse que ele “virou” de uma só vez
todo o copo e “começou a queimar”. Poucos segundos depois, Gavin depôs, todo o
lugar estava rodando, então ele deitou a cabeça no sofá. O garoto alegou que
ele “desmaiou” de bêbado uma ou duas vezes e que ele sentiu náuseas várias
vezes em Neverland, embora ele nunca tenha vomitado ou reclamado para a mãe
dele.
Gavin
mais tarde admitiria que, nas semanas seguintes a viagem dele a Miami, a mãe
dele, Janet, assim com a irmã, Davellin e o irmão, Star, estavam em Neverland durante todo o tempo que
Gavin era convidado lá. Tom Sneddon perguntou quando Gavin começou a chamar
Michael de “Papai” e Gavin disse que foram poucas semanas depois de retornar de
Miami que Michael começou a chamá-lo
de “filho”, que ele o chamaria de “Pai.”
Tom
Sneddon mostrou a Gavin um bilhete, alegadamente, escrito para ele por Michael
Jackson:
“Eu
quero que você se divirta na Flórida. Eu estou muito feliz por ser seu PAPAI.
Blanket, Prince e Paris são seus irmãos e irmã. Mas você tem que ser realmente
honesto em seu coração que eu sou seu PAI e eu cuidarei de você.” PAI.
Enquanto
Sneddon continuava a linha de questões dele, Gavin admitiu que na época do
vídeo refutação, 20 de fevereiro de 2003, “nada tinha acontecido” quando ela
ficou com Michael Jackson no quarto dele. Gavin ainda depôs que no mesmo dia
que a família gravou o vídeo refutação, eles também foram entrevistados por
três assistentes sociais que trabalhavam para o Departamento de Serviço à Criança
e a Família de Los Angeles.
Aquela
entrevista, Gavin disse, foi conduzida na casa do major Jay Jackson, o novo
namorado da mãe dele. Quando as três assistentes sociais perguntaram à família
Arvizo uma série de questões sobre Michael Jackson, mais uma vez, Gavin
insistiria que “nada aconteceu” com Michael no quarto dele.
Enquanto
Gavin falava para os membros do júri, Michael estava com rosto de pedra.
Naquele
momento, o superstar balançaria a
cabeça, incrédulo, especialmente quando Tom Sneddon continuou a estimular o
menino a responder. Gavin era capaz de relembrar coisas que ele disse ao Grande
Júri e mencionar que Michael uma vez tinha caminhado dentro do quarto principal
nu, dizendo aos meninos Arvizos que ficar nu era “natural.” Contrariamente ao testemunho
do irmão dele, Gavin disse que Michael não estava com uma ereção quando ele
passou a caminhar na frente do espelho, nu. O júri parecia perplexo, pois a
versão de Gavin dos eventos não combinava com o testemunho do irmão dele.
Muitas
coisas que Gavin jurou, foram para direção contrária ao testemunho dos irmãos
dele. Mas enquanto o júri observava Gavin tecer a estória dele, havia apenas
uma coisa em que eles queriam focar: as especificas alegações de abuso sexual.
Embora
fosse difícil para as pessoas na corte escutar Gavin falando sobre isso, o
jovem garoto não parecia desconfortável. Gavin falou sobre isso em termos
“prosaicos”. Não houve lágrimas do garoto. Houve pouca emoção, na verdade. Se
houve.
“Então
você estava no quarto por um tempo e o réu começou a falar com você sobre
masturbação?” Sneddon queria saber.
“Sim”,
Gavin disse.
“O
que ele disse a você?”
“Ele
me disse que se os homens não se masturbarem, eles podem chegar a um nível onde
eles estupram uma garota, ou eles podem ser, como, meio que instáveis. Então,
ele estava me dizendo que rapazes têm que se masturbar”, Gavin explicou.
“O
que mais ele disse a você?”
“Ele
me contou uma estória de como ele viu um garoto, uma vez, ele estava olhando de
uma varanda ou algo assim, ele viu um garoto que não se masturbava e ele fez
sexo com um cachorro.”
“Ele
disse mais alguma coisa a você durante esta conversa”
“Ele
disse que machos têm que se masturbar.”
“Tudo
bem. Agora, quando ele disse isso, o que, se qualquer coisa, ele fez ou disse
depois disso?” Sneddon perguntou.
“Ele
disse que se eu me masturbava e eu disse que não”, Gavin respondeu. “E daí ele
disse que se eu não sabia como, ele faria isso por mim.”
“E
o que você disse.”
“Eu
disse que eu realmente não queria.”
“Certo,
então, o que aconteceu?”
Gavin
depôs que Michael foi para debaixo das cobertas, colocou a mão dentro do pijama
do menino e começou a masturbá-lo. Ele disse ao júri que ele realmente não
estava olhando para Michael enquanto aquilo acontecia, mas alegou que ele pôde
sentir Michael se mexendo, embora ele nunca tenha visto Michael se mexer.
Quando Star deu a versão dele do evento, alegando que ele tinha testemunhado o
abuso sexual da escadaria de Michael, Star disse que viu Michael alcançar as
“cuecas” de Gavin. As duas versões não combinavam em nada. Gavin estava dizendo
ao júri que esse ato ocorreu quando ele e Michael estavam sozinhos “debaixo dos
cobertores”, já Star alegou que tinha visto o ato em si. Observando da
escadaria do quarto de Michael, apenas poucos passos de distancia da cama,
depois de ter disparado o alarme que fez soar uma campainha, na primeira vez
que Star entrou na suíte de Michael.
“Você
sabe aproximadamente durante quanto tempo o senhor Jackson masturbou você?”
“Talvez
cinco minutos, eu suponho.”
“Você
sabe o que é uma ejaculação?”
“Sim”,
Gavin disse.
“E
você teve uma ejaculação?”
“Sim.”
Gavin
disse que ele se sentiu constrangido com isso, mas que Michael disse a ele que
isso era “natural.” O garoto disse que se sentiu estranho sobre o incidente,
mas então adormeceu poucos minutos depois. A próxima vez que Michael o tocou,
Gavin alegou, foi poucas noites depois. Eles tinham acabado de voltar da arcade, eles estavam sentados na cama
assistindo à TV, então, “Ele fez de novo”.
“Agora,
diga-nos, o que aconteceu” Sneddon perguntou.
“A
mesma coisa aconteceu de novo” Gavin disse. “Ele disse que ele queria me tocar.
E nós estávamos deitados lá e ele começou a fazer isso comigo. E daí, ele meio
que pegou minha mão de forma a fazer isso com ele. E eu meio que tirei minha
mão, porque eu não queria fazer isso.”
“Quanto
tempo você acha que isso demorou, na segunda vez?” Sneddon perguntou.
“O
mesmo tempo.” Gavin disse.
“Você
ejaculou na segunda vez?”
“Eu
penso que sim.”
Quando
Gavin disse ao júri que não houve nenhuma outra ocasião em que o senhor Jackson
tivesse feito alguma coisa inapropriada com ele, Tom Sneddon não tinha mais
nada a perguntar e o garoto era, agora, testemunha de Mesereau; e assim como
ele fez com cada pessoa que sentou no banco de testemunha, o advogado de defesa
pronunciou as palavras:
“Meu
nome é Tom Mesereau e eu falo por Michael Jackson, tudo bem?”
Gavin
disse tudo bem.
“Eu
estou do lado dele, certo?” Mesereau queria que Gavin tivesse certeza.
“Tudo
bem” Gavin respondeu.
Enquanto
Mesereau deixava claro para Gavin que ele não estava do lado do Estado, que ele
estava do lado de Michael Jackson, o advogado de defesa deixou bem claro a
Gavin que ele queria que o jovem falasse se houvesse alguma coisa sobre uma
questão que ele não entendeu.
“Agora,
você disse ao júri que isso não aconteceu até você ser entrevistado por três
assistentes sociais, que nenhum toque inapropriado tinha acontecido, certo?”
Mesereau perguntou.
“Hummmmm?”
“Você
disse ao júri que nada aconteceu, até depois da sua entrevista, com as três
assistentes sociais de Los Angeles,
que o senhor Jackson tocou você inapropriadamente?”
“Foi
depois”, Gavin disse.
“Foi
depois, certo?”
“Sim.”
“Agora,
naquela entrevista, você disse às três assistentes sociais que o senhor Jackson
era um bom sujeito, certo?” Mesereau perguntou.
“Sim.”
Para
Mesereau, Gavin admitiu que ele tivesse dito às assistentes sociais que Michael
era uma “figura paterna”. Enquanto Mesereau parecia girar em torno de Gavin na
tribuna, não seria muito antes de Mesereau estabelecer que o alegado abuso
sexual não ocorreu até a família visitar um advogado civil, cerca de uma semana
antes dos Arvizos deixarem Neverland
Ranch pela última vez.
Tom
Mesereau decidiu não tratar Gavin Arvizo com criança. Ele teve a chance e
afundou os dentes dele na testemunha, usando um estilo entrecortado de
questionamento, rápido e direto ao ponto. A aposta deu certo, parece, porque o
júri pôde ver outro lado de Gavin Arvizo, um que não era simpático. O lado
agradável do garoto, o qual aparece no vídeo de refutação e no documentário de
Bashir, tinha desaparecido de repente. Com Mesereau no comando, Gavin Arvizo
rapidamente se tornou impertinente e argumentativo.
“Portanto
o que você está dizendo ao júri é que depois que você foi entrevistado pelas
três assistentes sociais que estavam investigando Michael Jackson e depois de a
comoção que se seguiu ao documentário de Bashir, de algum modo, o senhor
Jackson começou a inapropriadamente tocar você, correto?” Mesereau quis saber.
“Não,
isso foi mais para o fim”, Gavin disse. “Para quando nós estávamos prestes a
partir, depois que nós tínhamos bebido álcool e toda esta coisa. Foi talvez uma
semana antes de nós deixarmos Neverland
para sempre”, Gavin disse.
Naquele
tempo, durante os muitos dias do testemunho dele, Gavin iria olhar para Michael
e perceber os olhares desaprovadores do
superstar. Ocasionalmente, o garoto murmuraria baixinho, especialmente
quando Tom Mesereau insinuou que Gavin Arvizo e os irmãos dele estavam
mentindo, treinados pela mãe deles. Mesereau sistematicamente traria o caso da JC Penny, lembrando ao júri que os
garotos Arvizos tinham mentido no passado e tinham arrancado um acordo civil
financeiro da JC Penny Corporation.
A
implicação era que os Arvizos diriam qualquer coisa para conseguir dinheiro.
Sobre
a teoria de conspiração, sobre os Arvizos serem mantidos contra a vontade deles
em Neverland, Mesereau diria que isso não tinha sentido. O advogado de defesa
era capaz de provar que os Arvizos deixaram Neverland, depois retornaram em
pelo menos três ocasiões. Durante este tempo, quando os Arvizos estavam
alegando que eles estavam sendo mantidos “cativos”, Janet e as crianças dela
eram tratados com estilo de hotel em Neverland. Para completar, Janet e as
crianças dela foram acompanhadas a locais da cidade por motoristas de Michael,
eles foram ver dentistas, foram comprar brinquedos, tudo por conta de Michael.
Mesereau produziu uma lista de transações financeiras mostrando que Neverland Valley Entertainment tinha pagado
“vários milhares de dólares” por cosméticos, roupas, tratamentos de beleza,
refeições e hospedagem.
“Nós
provamos que aquelas crianças foram ensinadas a mentir sob juramento, o que foi
um dos nossos argumentos para o júri” Mesereau mais tarde confidenciou. “As
crianças Arvizos aprenderam a trabalhar com advogados na tenra idade. Nós
usamos o caso da JC Penny como um
exemplo disso. Nós esperávamos mostrar ao júri que aquelas crianças foram
ensinadas a exagerar, a elevar as coisas, para apoiar as alegações da mãe e do
pai delas, fossem elas verdadeiras ou não, na tenra idade.”
A
informação sobre as primeiras alegações de Janet Arvizo sobre as acusações da
família dela de que Janet tinha sido agredida e molestada sexualmente por
guardas da JC Penny, seria mais que
devastador para a família Arvizo. Enquanto Gavin estava respondendo perguntas
básicas sobre o caso, sobre os Arvizos receberem um acordo de $152.000 dólares
da JC Penny Corporation, o garoto
parecia incapaz de desenterrar-se de um buraco.
“Nós
sentimos que as alegações dos Arvizos eram ultrajantes”, Mesereau continuou.
“Nós provamos que a mãe alegou que os guardas da JC Penny tinham pulado em cima dela no estacionamento. Quando o
incidente aconteceu no estacionamento da JC
Penny, os pais Arvisos foram presos, olhando para a forma intacta de Janet
no dia em que foi presa, ela indicou que não precisava de nenhum atendimento
médico. Janet alegou que não tinha nenhum problema médico. Quando olhamos para
o álbum de fotografias, Janet Arvizo não tinha um fio de cabelo fora do lugar.
Nós pensamos que aquela evidência era devastadora.”
Ron
Zonen introduziria fotos dos alegados hematomas de Janet, assegurando que Janet
tinha sido espancada. Mas Mesereau provaria mais trade que Janet não apanhou no
dia da prisão dela. O advogado pensou que as fotos talvez fossem falsas, ou
talvez tivessem sido tiradas antes da prisão dela e depois reveladas. Diante da
informação do álbum de fotografias da polícia, nenhum dos Arvizos pode fornecer
um testemunho que explicasse a evidência que Mesereau apresentou, as quais indicavam
que Janet foi espancada dias depois
do incidente na JC Penny. A pesquisa
de Mesereau mostraria que algum tempo depois do fato, Janet levou fotos delas
mesma, “cheia de hematomas” e as entregou a um advogado no intuito de ajuizar
uma ação civil contra a JC Penny.
Para o advogado civil dela, Janet alegou que os hematomas apareceram dias
depois, porém, no dia da prisão dela na JC
Penny, Janet preencheu o livro de registro da polícia afirmando que ela
“não precisava de tratamento médico”. Para fortalecer o caso dela, Janet usou
Gavin e Star, ambos os quais juraram que testemunharam uma brutal agressão
sexual e física contra a mãe deles no chão de cimento do estacionamento.
“Vocês
foram a dois advogados e a um psicólogo, que Larry Feldman indicou a vocês,
antes de você ir a qualquer delegacia, certo?” Mesereau perguntou, voltando ao
assunto Jackson.
“Sim”,
Gavin admitiu.
“Agora,
estes não foram os primeiros advogados com que vocês conversaram, correto?”
“Nós
falamos com outros, antes.”
“Vocês
tiveram um advogado representando vocês no caso JC Penny, correto?”
“Eu
penso que sim, eu tenho quase certeza.”
“Você
testemunhou sob juramento naquele caso, correto?”
“Sim”,
Gavin disse.
“Você
falou a verdade sob juramento naquele caso?”
“É
claro.”
“Você
não disse nem uma única mentira?”
“Não.”
“Você
disse que os seguranças tinham agredido fisicamente sua mãe no estacionamento?”
Mesereau disparou.
Mas
Sneddon objetou àquela pergunta e Mesereau teve que seguir em frente.
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Sesini duyur!