“Be Careful Who You Love”
“Be Careful Who You Love”
Jesus
Salas, empregado por Michael Jackson por vinte anos, como o mordomo dele, era
um homem humilde. Testemunhando em nome da promotoria, o senhor Salas raramente
olhava na direção de Michael. O cavalheiro parecia desconfortável no tribunal.
Como muitas das testemunhas que vieram antes dele, o senhor Salas parecia
ansioso em responder às questões, para terminar a provação pública, tão rápido
quanto possível.
Para
começar, o mordomo falou sobre crianças sendo frequentemente convidadas à casa
de Michael. O senhor Salas disse aos jurados que Michael esperava “o melhor”
para todos os convidados que visitavam Neverland, que os jovens convidados dele
recebiam tudo que eles queriam. Se crianças queriam doces, eles recebiam doces.
Se crianças quisessem que o jantar delas fosse servido na estação de trem,
estava ótimo. Se elas queriam comer na casa principal, estava ótimo, também.
Crianças
tinham constante acesso a toda a valiosa propriedade de Michael, incluindo
todos os brinquedos e jogos, uma videoteca alfabetizada, dois zoológicos
separados e um cinema que ficava aberto 24 horas, 7 dias por semana. Salas
testemunhou que Michael tinha um cinema em tamanho natural, onde ele mantinha
um pessoal para servir aos convidados doces e sorvete de graça. Ao júri foi mostrada
uma foto do cinema, que tinha acentos de veludo e duas salas no térreo, cada
sala equipada com camas de hospital, então, as crianças poderiam deitar e assistir
aos filmes, se elas preferissem. As crianças não tinham permissão para dirigir
4-rodas sem autorização e eles eram monitorados para onde quer que eles dirigissem
os carrinhos de golf, Quadrunners e
lambretas, coisas de qualquer natureza.
Quanto
à segurança de Neverland, Salas testemunhou que a todos os convidados de
Michael eram dadas as combinações da casa principal, assim todos os convidados
de Neverland poderiam entrar nos
prédios principais na propriedade, livremente, incluindo a família Arvizo, que
foi convidada por Michael, na primavera de 2003.
Jesus
Salas relembrou de buscar os Arvizos no aeroporto de Santa Bárbara e disse que
a família ficou em Neverland por cerca de duas semanas, então, partiu por um
tempo e voltou a Neverland por outras duas semanas. Salas disse que houve um
momento quando ele foi pedido para levar a família Arvizo para Los Angeles, o que ele fez; e
testemunhou que os Arvizos retornaram a Neverland pela terceira vez,
permanecendo por cerca de uma semana. Durante essas três visitas, Salas disse,
Michael não estava “na propriedade” a maior parte do tempo.
O
senhor Salas confirmou que havia dois homens alemães na propriedade, a quem ele
se referiu como “Dieter” e “Ronald” e disse que aqueles homens estavam tendo
“reuniões” co Michael durante o tempo em que os Arvizos estiveram em Neverland. Salas testemunhou que ele
não tinha ideia sobre o que era as reuniões, explicando que ele não tinha
conhecimento sobre a conexão de Dieter e Ronald com Michael Jackson. Salas
disse aos jurados que Frank Cascio era também um convidado regular de Neverland, quando os Arvizos estiveram
lá, afirmando que Frank estava “praticamente vivendo lá”.
Quando
questionado sobre os arranjos para os Arvizos dormirem, o mordomo disse que houve
vezes em que os meninos Arvizo dormiram nas unidades de hóspedes próximos à mãe
deles e à irmã e outras vezes em que dormiram no quarto de Michael. Salas
testemunhou que durante anos ele tinha visto “outras crianças” dormir no quarto
de Michael, tanto no térreo quanto no primeiro andar na suíte duplex de
Michael.
Salas
disse que era usual ver crianças no quatro de Michael, explicando que Michael
brincaria com os próprios filhos e com outras crianças, todas as quais podiam
se juntar a Michael nos aposentos dele, sempre que ele tivesse tempo livre.
Salas disse que Michael também entreteria adultos no suíte máster dele, dizendo
aos jurados que ele tinha visto adultos serem servidos comida e álcool no andar
inferior da suíte, que tinha uma sala de estar, um grandioso piano e uma grande
lareira.
Quando
foram perguntadas questões específicas sobre álcool, Salas disse que ele
acreditava que Michael bebesse vinho e vodka. Salas testemunhou que, na opinião
dele. Michael apresentava os efeitos da bebida regularmente, mas pontuou que ele
nunca viu Michael tomar uma bebida alcoólica de verdade. Salas confirmou também
que Michael teve, uma vez, problema com drogas prescritas, o qual surgiu porque
Michael foi queimado gravemente durante a filmagem de um comercial da Pepsi.
Salas testemunhou que ele foi informado de que Michael tinha passado por um “tratamento”
para aquele problema, mas também percebeu que Michel tinha um problema nas
costas e também tinha quebrado a perna dele, em 2003, testemunhando que
Michael, tinha ido ver médicos e estava sob medicamentos prescritos, naquele
tempo.
Em
vinte anos que ele tinha servido como mordomo de Michael Jackson, cuidando da
casa de Michael, Jesus Salas disse que ele não testemunhou o artista bebendo
álcool na frente de crianças, nunca. Salas foi perguntado especificidades sobre
Gavin, quem Salas pensou, estivesse agindo como bêbado, em uma noite, porém,
Salas disse ao jurados, que Michael não estava com Gavin aquela noite. Além
disso, Salas disse que ele nem mesmo tinha certeza se Gavin estava intoxicado.
O
senhor Salas também foi perguntado sobre um grupo de garotos locais, de Los Olivos, que também foram pegos vindo
da adega na árcade, causando um problema em Neverland, no outono de 2003. Salas
descreveu o incidente com os meninos de Los
Olivos e disse ao júri que os garotos locais eram convidados de Michael, que
tinham passado muitos dias se divertindo em Neverland. Sala se lembrou de ter
visto aqueles garotos se esgueirando da adega de vinhos, mas insistiu que
Michael não estava com eles.
Jesus
Salas disse que era política de Michael não permitir crianças dentro da adega
de vinhos. Ele disso ao júri que os meninos de Los Olivos eram vizinhos que frequentavam Neverland sempre, mesmo quando Michael não estava
em casa. Ele disse que os garotos eram jovens adolescentes que tinham tomado
liberdades em Neverland, brincando de esconde na casa, sendo pegos em salas que
estavam fora dos limites. Salas disse que os garotos eram “conhecidos” pelo
pessoal de Neverland, porque eles sempre se metiam em problemas. Quanto às
alegações que os meninos Arvizo fizeram, dizendo que eles estiveram sempre
intoxicados em Neverland, o promotor
perguntou sobre uma noite em particular, quando os meninos Arvizo estavam no
quarto de Michael com Frank Cascio e os irmãos dele, perguntando se Michael
Jackson tinha pedido uma garrafa de vinho para ser entregue no quarto com
quatro taças.
Para
os jurados, Salas confirmou que Michael tinha realmente feito um pedido por
vinho naquela noite em questão. Mas quando o mordomo pensou sobre aquela noite
em particular, Salas, inadvertidamente, acrescentou que Michael tinha também
pedido refrigerantes comuns para serem entregues além do vinho aquela noite, o
que fez as pessoas no júri rolarem os olhos delas.
Foi
um golpe para a promotoria, porque Salas era testemunha deles e o homem foi
muito sincero nas respostas dele. Ele estava sendo honesto sobre coisas como
ele se lembrava delas e quando Salas disse ao júri que ele se lembrava de
refrigerantes sendo entregues no quarto, para os meninos Arvizo, enquanto nos
testemunhos dos Arvizos, eles alegaram, ambos, que eles tinham bebido álcool
com Michael no quarto dele todas as noites, os fatos não estavam batendo de
jeito nenhum.
Jesus
Salas foi uma testemunha credível e as respostas dele eram honestas. Quando
repetidamente perguntado sobre álcool servido em Neverland, Salas recordou
apenas outra ocasião quando Michael pediu vinho com os meninos Arvizo
presentes, e disse ao júri que Michael pediu apenas uma taça.
Para
o júri, pediram a Salas que identificasse várias revistas “adultas” que Michael
tinha no escritório dele, para identificar minúsculas bonecas S&M que
Michael tinha no escritório dele, das quais, fotografias foram introduzidas
como evidências e mostradas em uma grande tela, para que os espectadores no
tribunal observassem. Foi muito embaraçoso, olhar para as figuras sado
masoquistas piscando audaciosamente na tela. As pessoas depois se perguntaram o
que aquilo tinha a ver com tudo. Não havia nenhum testemunho que ligasse aqueles
obscuros objetos a Michael e crianças. Alguns observadores no tribunal sentiram
que aquilo foi sem motivo. Outros acharam divertido que Michael tivesse objetos
sexuais femininos.
Em
relação à acusação de conspiração, pediram a Jesus Salas para falar da vez
quando Janet o chamou e pediu a ele que a levasse para casa. Janet estava chorando,
Salas se lembrava, e ela estava insistindo que ela queria deixar Neverland.
Salas sentiu muito por Janet, então ele se encarregou de levar a família Arvizo
para a casa deles, em Los Angeles,
usando um dos carros de Michael, o Rolls
Royce, para transportá-los. Salas disse ao júri que quando Janet fez a
solicitação, era tarde da noite e explicou que antes de levar a família Arvizo
para fora da propriedade, ele informou Chris Carter, um dos guarda-costas de
Michael, sobre a situação, apenas para que alguém ficasse informado que ele
estava escoltando a família Arvizo para fora de propriedade.
De
acordo com Salas, foi o amigo de Michael, Frank Cascio, que ficou bravo porque
os Arvizos foram embora. Salas disse aos jurados que pouco tempo depois que ele
levou os Arvizos de volta a Los Angeles, talvez dentro de uma semana, os
Arvizos retornaram a Neverland, embora ele não pudesse dizer por quê. Salas
testemunhou que no retorno deles, Janet se aproximou dele uma segunda vez,
talvez uma semana depois, e pediu para ser levada para Los Angeles novamente. Mas dessa vez, Salas disse a ela que ele não
poderia dirigir. Poucos dias depois disso, Salas se lembrou, Janet e os filhos
dela deixaram a propriedade para sempre, nunca mais seriam visto na casa de
Michael, de novo.
Quando
Tom Mesereau começou o interrogatório dele, a primeira coisa que ele perguntou a
Salas foi sobre os arranjos para os meninos Arvizos dormirem. Os garotos
alegaram que eles dormiram com Michael todo o tempo, mas Salas viu os Arvizos
dormindo no piso térreo na suíte máster de Michael.
O
senhor Salas falou sobre o serviço de primeira classe que foi dado a toda
família Arvizo, que comia na cozinha ou na sala de jantar, quando eles estavam
perto, que pediam serviços de quarto quando eles desejavam, que tinham serviço
de comida disponível para eles a qualquer hora do dia ou da noite. Aos Arvizos,
ele disse, era concedido “um serviço elegante” que todos os convidados de
Michael desfrutavam. O senhor Salas disse que os meninos Arvizo percorriam o
terreno de Neverland livremente, passando tempo nos brinquedos, jogando na
árcade e assistindo a filmes no cinema. O senhor Salas disse que Janet gastava
a maior parte do tempo dela no suíte de hóspedes dela. Ela não ficava fora com
os filhos dela, não no trem, não nos brinquedos, não no zoológico. De acordo
com Salas, as únicas vezes em que Janet apareceu foi para uma refeição na casa
principal. Janet parecia preocupada, Salas se lembrou e ele testemunhou que ela
sempre caminharia por Neverland sozinha.
O
mordomo testemunhou que Janet Arvizo ficou no quarto mais bonito da
propriedade, a mesma suíte de hóspedes que Elisabeth Taylor e Marlon Brandon
sempre solicitavam. Salas disse que Janet recebeu o mesmo nível de serviço que
Liz Taylor e Marlon Brandon receberam, dizendo ao júri que o cinema, a casa
principal e todo o terreno estava disponível para ela.
Quanto
à solicitação de Janet, de que alguém a tirasse da propriedade com os filhos
dela, o senhor Salas explicou que ele levou os Arvizos para Los Angeles porque Janet parecia
chateada naquele momento. Ele garantiu ao júri que Janet e os filhos dela nunca
foram mantidos em Neverland à força, destruindo completamente a teoria de
conspiração da promotoria.
“Não
houve tempo em que Janet foi mantida em Neverland contra a vontade dela?”
Mesereau perguntou.
“Isso
é exatamente o que eu disse”, Salas testemunhou.
“Ela
o chamou, chateada, e pediu ao senhor que a levasse e você, então, o fez,
correto?”
“Sim.”
“Você
mesmo a levou, está correto? Você se lembra em qual mês você a levou no Rolls Royce?”
“Era
dezembro ou janeiro. Algo em torno disso. Sou ruin com datas”, Salas disse.
“Então,
ela voltou, o que, em menos de uma semana?”
“Eu
diria em duas semanas, por aí.”
“Ela
voltou e, daí, poucas semanas depois queria ir embora de novo, correto?”
Mesereau perguntou.
“Está
correto.”
“E
você arranjou transporte para ela partir novamente, correto?” Mesereau
perguntou.
“Sim,
eu tive que chamar uma limo.
Quando
Mesereau questionou Jesus Salas, o júri soube que Janet Arvizo nunca reclamou
sobre o jeito que ela foi tratada em Neverland,
que os únicos comentários dela foram direcionados ao desgosto dela pelos dois
homens alemães, Dieter e Ronald, assim como sobre o desgosto dela pela atenção
midiática que a família dela se tornou objeto. Tudo por causa do documentário
de Bashir.
Janet tinha apenas boas coisas a dizer a Salas
sobre Jackson. Ela respeitava Jackson e gostava dele muitíssimo. E esta parecia
ser a opinião de Jesus Salas sobre Michael, também. Salas disse que Michael era
muito generoso com presentes e algumas vezes o enviou a Toy “R” Us, para comprar brinquedos no valor de 11 mil dólares para
ser entregues às crianças em Neverland.
Salas testemunhou que Michael, algumas vezes, providenciaria pessoalmente um
ônibus cheio de crianças e os pais delas para a propriedade e daí os reunia em
uma área, então os empregados poderiam entregar os brinquedos para eles. Sempre
que possível, Michael viria para ver as crianças no meio da distribuição dos
brinquedos e todas as crianças e os pais delas corriam para abraçar e beijar
Michael, para agradecê-lo pelo ato gratuito de bondade.
Em
vinte anos que Jesus Salas trabalhou lá, ele viu milhares de crianças chegar em
ônibus lotados para visitar Neverland, muitas delas vindo de Los Angeles. Ele disse aos jurados que a
propriedade de Michael era visitada por crianças de todo o globo e estimava que
ele tenha visto centenas de milhares de crianças visitar Neverland, cada uma
delas tendo o momento mais incrível da vida delas.
Jesus
Salas disse sobre o “Dia da Família” em Neverland, no qual Michael preparava,
pelo menos uma vez por ano, para todos os empregados dele. Era um grande evento
que durava o dia todo e todos os outros grupos seriam mantidos fora da
propriedade, assim, os empregados e os filhos deles poderiam aproveitar os
brinquedos, o zoológico, toda a experiência de Neverland, onde todo mundo podia
ser uma criança de novo e tudo era sempre “por conta da casa”.
Quando
Mesereau saiu da conversa feliz, ele decidiu perguntar sobre a arteira situação
em que crianças em Neverland foram pegas. Jesus Salas disse aos jurados que
durante anos, crianças foram frequentemente pegas ultrapassando os limites.
Algumas vezes crianças tentariam acessar armários e quartos de empregada. Às
vezes elas eram pegas manuseando antiguidades caras e objetos de arte. Outras
vezes, crianças eram pegas tentando acessar a adega trancada, um cômodo que já
existia na propriedade quando Michael comprou Neverland.
Jesus
Salas disse que tanto quanto Michael gostava de brincar e se divertir com
crianças, o pop star frequentemente
gostava de ser deixado sozinho no estúdio de dança dele ou no estúdio de
gravação para trabalhar na música dele. Salas disse que Michael passaria “horas
a fio” fazendo o trabalho criativo dele, deixando as operações do dia a dia em Neverland nas mãos dos empregados dele. Salas
confirmou que Jackson deixava os empregados dele cuidar de duzentos e setenta
acres de propriedade, mencionando que Michael tinha uma completa patrulha de
segurança no terreno porque não havia cerca em volta de Neverland. Para registrar, Jesus Salas disse ao júri que, embora
intrusos, por vezes, fossem pegos na propriedade, nenhuma das pessoas da
segurança de Neverland carregava uma
arma.
Michael
não queria nem uma arma em Neverland.
Michael
estava mais preocupado com a segurança das crianças.
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Sesini duyur!